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CORONAVÍRUS e COVID-19: Perguntas e respostas

Atualizado em 15/07.

Depois de instalada a pandemia de COVID -19, doença causada pelo novo coronavírus, ainda temos nos deparado com muitas notícias equivocadas sobre a sua transmissão, tratamentos e promessas de cura sem evidência científica. Por isso, estamos atualizamos nosso guia de perguntas comuns e suas respostas, para esclarecimento. As questões estão divididas nos seguintes tópicos:

Coronavírus e COVID-19: perguntas e respostas

Tire a principais dúvidas sobre a epidemia do novo coronavírus:

  • Definição e sintomas do coronavírus e do COVID-19
  • Transmissão do coronavírus
  • Exames e diagnóstico do coronavírus
  • Tratamento para COVID-19
  • Prevenção
  • Fake news

Definição e sintomas do coronavírus e COVID-19

1. O que é o coronavírus?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), coronavírus é uma família de vírus que pode causar doenças em animais ou humanos. Em humanos, esses vírus provocam infecções respiratórias que podem ser desde um resfriado comum até doenças mais severas como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). O novo coronavírus causa a doença chamada COVID-19.

2. O que é COVID-19?

COVID-19 é a doença infecciosa causada pelo mais recente coronavírus descoberto. O vírus e a doença eram desconhecidos antes do surto iniciado em Wuhan, na China, em dezembro de 2019. Como nunca tivemos contato com o vírus antes, não temos imunidade contra ele.

3. Quais são os sintomas da COVID-19?

Os sintomas mais comuns da COVID-19 são febre, tosse seca e cansaço. Outros sintomas também comuns e que podem afetar alguns pacientes incluem dores, congestão nasal, dor de cabeça, conjuntivite, dor de garganta, diarreia, perda de paladar ou olfato e erupção cutânea na pele ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés. Esses sintomas geralmente são leves e começam gradualmente.

Algumas pessoas são infectadas, mas apresentam apenas sintomas muito leves.

A maioria das pessoas (cerca de 80%) se recupera da doença sem precisar de tratamento hospitalar. Cerca de uma em cada cinco pessoas que adquire COVID-19 fica gravemente doente e desenvolve dificuldade em respirar. As pessoas idosas e as que têm problemas médicos subjacentes, como pressão alta, problemas cardíacos e pulmonares, diabetes ou câncer, têm maior risco de desenvolver doenças graves. No entanto, qualquer pessoa pode pegar o COVID-19 e ficar gravemente doente.

Pessoas de todas as idades que apresentam febre e/ou tosse associada a dificuldade em respirar, falta de ar, dor ou pressão no peito, perda de fala ou movimento devem procurar atendimento médico imediatamente. Se possível, é recomendável ligar primeiro para o médico ou serviço de saúde, para que o paciente possa ser encaminhado para a clínica certa.

4. Quão grave é a COVID-19?

Algumas pessoas infectadas pelo vírus podem não apresentar sintomas ou apresentar sintomas discretos. A maioria das pessoas infectadas (cerca de 80% ou mais) se recupera da doença sem precisar de tratamento especial. Cerca de uma em cada seis pessoas com COVID-19 pode desenvolvê-la em sua forma mais grave. O tempo de recuperação varia e, para pessoas que não estão gravemente doentes, pode ser semelhante ao período de duração de uma gripe comum. Pessoas que desenvolvem pneumonia podem levar mais tempo para se recuperar (dias a semanas). Pessoas idosas (principalmente acima de 70 anos) e as que apresentam doenças crônicas – por exemplo: pressão alta, doenças respiratórias crônicas, problemas cardíacos, diabetes, problemas renais e pessoas com o sistema imunológico comprometido, como as que estão em tratamento para câncer – têm maior probabilidade de desenvolver doença respiratória mais grave.

Transmissão do coronavírus

5. Como a COVID-19 é transmitida?

As pessoas podem pegar a COVID-19 de outras pessoas que têm o vírus. A doença se espalha principalmente de pessoa para pessoa através de pequenas gotas do nariz ou da boca, que são expelidas quando uma pessoa com COVID-19 tosse, espirra ou fala. Essas gotículas são relativamente pesadas, não se espalham para muito longe e rapidamente se depositam nas superfícies e chão. As pessoas podem se contaminar caso respirem essas gotículas de uma pessoa infectada pelo vírus. É por isso que é importante ficar a pelo menos um metro de distância dos outros. Essas gotículas podem pousar em objetos e superfícies ao redor da pessoa, como mesas, maçanetas e corrimãos. As pessoas podem ser infectadas ao tocar nesses objetos ou superfícies e depois tocar nos olhos, nariz ou boca. Por isso é tão importante lavar as mãos regularmente com água e sabão ou limpar com álcool gel a 70%.

A Organização Mundial da Saúde tem avaliado pesquisas continuamente para entender todas as possibilidades de transmissão do vírus.

6. Pessoas sem sintomas podem transmitir o coronavírus?

A principal maneira pela qual a doença se espalha é através de gotículas respiratórias expelidas por alguém que está tossindo. O risco de contrair COVID-19 de alguém sem sintomas é baixo. No entanto, muitas pessoas com COVID-19 experimentam apenas sintomas leves, isto é particularmente verdade nos estágios iniciais da doença. Portanto, é possível contrair COVID-19 de alguém que tenha, por exemplo, apenas uma tosse leve e não se sinta doente, por exemplo.

7. Posso pegar a COVID-19 se tiver contato com fezes de alguém com a doença?

O risco de pegar COVID-19 nas fezes de uma pessoa infectada parece ser baixo. Embora as investigações iniciais sugiram que o vírus possa estar presente nas fezes em alguns casos, a disseminação por essa via não é uma característica principal do surto. Como isso é um risco, no entanto, é outro motivo para limpar as mãos regularmente, depois de usar o banheiro e antes de comer.

8. Posso pegar o coronavírus comendo alimentos preparados por outras pessoas?

Os coronavírus foram detectados nas fezes de certos pacientes, portanto, atualmente não podemos descartar a possibilidade de transmissão ocasional de manipuladores de alimentos infectados. Entretanto, podemos afirmar que o risco da transmissão por alimentos contaminados poderá acontecer caso o alimento tenha sido exposto à secreção respiratória de uma pessoa contaminada. Se você tem dúvida, faça a limpeza do alimento antes de consumi-lo. Para alimentos cozidos, o risco seria muito menor. Para alimentos que serão consumidos in natura, como folhas e frutas, a higienização é feita como preconiza a segurança alimentar: lavar em água corrente para retirar sujeiras, parasitas e pequenos insetos e depois deixar de molho em solução clorada por 15 minutos, em média. Só então enxaguar em água corrente.

9. Humanos podem ser contaminados por coronavírus por fonte animal?

Embora tenha havido um caso de cachorro infectado em Hong Kong, até o momento não há evidências de que cachorro, gato ou qualquer outro animal de estimação possa transmitir a COVID-19. O coronavírus se espalha principalmente por gotículas produzidas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala. Ainda, é recomendável que se evite contato direto com animais selvagens e com superfícies em contato com eles e se mantenham boas práticas de segurança alimentar ao manusear carnes cruas.

10. Há especulações de que, quando o verão chegar e o clima esquentar, o vírus não sobreviverá, mas ainda não sabemos se isso é verdade. O clima ou a temperatura interna afetam a sobrevivência do novo coronavírus em superfícies?

Atualmente, não existem evidências de redução da transmissão viral em climas quentes ou temperados.

11. Qual a chance de eu pegar a COVID-19?

O risco está diretamente relacionado a sua exposição em ambientes fechados com pouca ventilação, locais com aglomeração de pessoas, desatenção às recomendações de uso de máscaras e higienização das mãos, principalmente se existe um surto de COVID-19 na sua região. Governos e autoridades de saúde estão constantemente tomando medidas mais ou menos restritivas conforme a dinâmica epidemiológica da doença, com novas estratégias de flexibilização ou restrição de medidas de mobilidade urbana. Portanto, certifique-se de cumprir as orientações quanto às restrições locais sobre viagens, movimento ou grandes aglomerações. A cooperação com os esforços de controle de doenças reduzirá o risco de pegar ou espalhar a COVID-19. Os surtos de COVID-19 podem ser contidos e a transmissão interrompida, como tem acontecido em vários locais que tomaram medidas restritivas para isolamento social e atendimento rigorosos às recomendações de higiene e isolamento social. Infelizmente, novos surtos podem surgir rapidamente. É importante estar ciente da situação da pandemia na sua região ou no local para onde você pretende se deslocar. O Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde Estaduais publicam atualizações diárias sobre a situação da COVID-19 em todo o Brasil.

12. Quem está em risco de desenvolver doenças graves?

As informações disponíveis atualmente apontam que o novo coronavírus pode causar sintomas leves e semelhantes aos da gripe, além de doenças mais graves. Os pacientes apresentam uma variedade de sintomas: febre (83%-98%), tosse (68%) e falta de ar (19%-35%). Com base nos dados atuais, 81% dos casos parecem ter doença leve ou moderada, 14% parecem progredir para doença grave e 5% são críticos. Pessoas idosas e com condições de saúde pré-existentes (como pressão alta, doenças cardíacas, doenças pulmonares, câncer ou diabetes) parecem desenvolver doenças graves com mais frequência do que outros.

13. Quais são os riscos especiais de COVID-19 para mulheres grávidas?

A taxa de infecção e a progressão para doença grave em mulheres grávidas é semelhante a de mulheres adultas não grávidas. As mesmas medidas de proteção contra a transmissão do vírus se aplicam a ambas. Até agora, nenhuma transmissão da mãe para o feto foi descrita. O parto vaginal deve ser encorajado quando a mãe e o bebê não estão gravemente doentes. Medidas rígidas de proteção (máscaras faciais, higiene das mãos) devem ser observadas para proteger o recém-nascido e a equipe de saúde durante e após o parto. A separação da mãe e do bebê e a amamentação devem ser discutidas caso a caso. O recém-nascido deve ser protegido da infecção pela mãe, tanto quanto possível. Se a mãe desejar esgotar seu leite ou amamentar, a desinfecção da mama deve ser adicionada aos métodos de proteção mencionados.

14.  Fumantes e usuários de produtos de tabaco correm maior risco de infecção por COVID-19?

É provável que os fumantes sejam mais vulneráveis à COVID-19, pois o ato de fumar significa que os dedos (e possivelmente os cigarros contaminados) estão em contato com os lábios, o que aumenta a possibilidade de transmissão do novo coronavírus da mão para a boca. Os fumantes também podem já ter doença pulmonar ou capacidade pulmonar reduzida, o que aumentaria muito o risco de doença grave.

Outros produtos para fumar, como bongs, que geralmente envolvem o compartilhamento, podem facilitar a transmissão da COVID-19 em ambientes comunitários e sociais.

Condições que aumentem as necessidades de oxigênio ou reduzem a capacidade do corpo de usá-lo adequadamente colocam os pacientes em maior risco de doenças pulmonares graves, como pneumonia.

Exames e diagnóstico do coronavírus

15. O que significa um caso suspeito de COVID-19?

Pessoas que apresentem febre, tosse seca e cansaço, além de outros sintomas menos comuns como dores, congestão nasal, dor de cabeça, conjuntivite, dor de garganta, diarreia, perda de paladar ou olfato e erupção cutânea na pele ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés.

Algumas pessoas podem estar infectadas e apresentarem sintomas muito leves.

Caso você se sinta doente, com sintomas de gripe, evite contato físico com outras pessoas, principalmente idosos e doentes crônicos. Fique em casa isolado também dos demais familiares ou contactantes domiciliares por 14 dias. Use máscara sempre que for necessário contato com outras pessoas, mesmo seus familiares. Só procure um hospital de referência se estiver com desconforto respiratório e falta de ar.

16. Qual é o período de incubação do coronavírus?

Um período de incubação é o tempo entre ser infectado e o início dos sintomas da doença. As estimativas atuais sugerem que os sintomas da COVID-19 geralmente aparecem em cerca de cinco dias ou menos na maioria dos casos, mas o intervalo pode estar entre um e 14 dias.

17. O que devo fazer se tiver sintomas de COVID-19 e quando devo procurar atendimento médico?

Se você tiver sintomas menores, como tosse leve ou febre leve, geralmente não há necessidade de procurar atendimento médico. O ideal é ficar em casa, fazer autoisolamento (conforme as orientações das autoridades nacionais), e monitorar seus sintomas.

No entanto, se você mora em uma área com malária ou dengue, é importante não ignorar os sintomas da febre. Procure ajuda médica. Ao comparecer ao serviço de saúde, use uma máscara, se possível, mantenha pelo menos 1 metro de distância de outras pessoas e não toque nas superfícies com as mãos. Se for uma criança que estiver doente, ajude-a a seguir esta orientação.

Procure atendimento médico imediato se tiver dificuldade de respirar ou dor/pressão no peito. Se possível, ligue para o médico ou unidade de saúde com antecedência, para que possa ser direcionado para o centro de saúde adequado.

18. O que é um caso confirmado de COVID-19?

  • LABORATORIAL: caso suspeito ou provável com resultado de exame positivo
  • CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO: caso suspeito ou provável com histórico de contato próximo ou domiciliar com caso confirmado laboratorialmente por COVID-19, que apresente febre OU pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios, nos últimos 14 dias após o contato, e para o qual não foi possível realizar a investigação laboratorial específica.

Alerta-se que a febre pode não estar presente em alguns casos como, por exemplo, em pacientes jovens, idosos, imunossuprimidos ou que, em algumas situações, possam ter utilizado medicamento antitérmico.

19. Quem deve fazer o exame para confirmação?

O exame para COVID-19 deve ser feito somente quando solicitado pelo médico, que vai levar em conta a história e o tempo de evolução da doença para indicar qual o exame mais indicado. É importante que o médico interprete o resultado do exame, pois o fato de ser negativo não confirma, necessariamente, ausência de doença.

Quanto aos exames disponíveis para diagnóstico da COVID-19, há vários tipos de testes, entretanto, existe muita discussão relacionada à sensibilidade e valor preditivo dos métodos. Assim, temos o teste que detecta diretamente a presença do vírus nas secreções respiratórias, também considerado como padrão-ouro para diagnóstico, que é o RT-PCR e possui cobertura obrigatória pelos planos de saúde. Também dispomos de testes sorológicos, que detectam anticorpos contra o coronavírus no sangue, mas que não possuem cobertura obrigatória até este momento e dependem de uma série de fatores para sua adequada utilização.

20. Posso fazer exames preventivos?

Não existe indicação para realização de exames preventivos para COVID-19. Se não houver sintomas, não há necessidade do exame específico.

21. O que é um caso curado de COVID-19?

Diante das últimas evidências, o Ministério da Saúde define que são curados:

  • Casos em isolamento domiciliar: casos confirmados que passaram por 14 dias em isolamento domiciliar, a contar da data de início dos sintomas E que estão assintomáticos
  • Casos em internação hospitalar: conforme a avaliação do médico assistente.

22. O que as pessoas devem fazer se acham que têm coronavírus ou se um filho possa estar infectado?

Se você tem um médico de referência ou pediatra, ligue primeiro para ele para obter aconselhamento adequado. Se você não tem um médico e está preocupado que você ou seu filho possam ter coronavírus, você poderá entrar em contato com seu plano de saúde ou o Disque Saúde 136 – do Ministério da Saúde e obter a orientação adequada para o seu caso. É recomendável que somente pessoas com sintomas mais intensos de doença respiratória procurem atendimento médico no pronto-socorro. Os sintomas graves são batimento cardíaco acelerado, pressão arterial baixa, temperaturas altas ou muito baixas, confusão mental, dificuldade em respirar, desidratação grave. Idealmente ligue antes para informar ao pronto-socorro que você está a caminho para que a equipe esteja preparada para sua chegada.

23. Como diferenciar gripe comum de COVID-19?

Os sintomas de COVID-19 - incluindo febre, tosse e dificuldade em respirar - são semelhantes aos de outros vírus da gripe e resfriado. Nesse momento, a decisão de fazer o exame para identificar COVID-19 depende do status clínico do paciente e do status da epidemia em uma localização geográfica específica. Uma história de viagens, especialmente viagens internacionais para uma das áreas mais afetadas, ainda é importante, mas isso está evoluindo à medida em que o surto se desenvolve internamente. O contato próximo com alguém que viajou para essas áreas ou com alguém que foi diagnosticado com COVID-19 são outras considerações. A avaliação dos sintomas de resfriado e gripe também inclui testes para vírus respiratórios de rotina, especialmente influenza. Em geral, se você não tem sintomas e normalmente não procura atendimento médico com base no que sente agora, não precisa de avaliação ou teste para COVID-19.

24. Quais as principais diferenças entre as doenças respiratórias?


Fonte: Ministério da Saúde

Tratamento para COVID-19

25. O que ajuda, o que não ajuda e o que está em estudo?

A maioria das pessoas que adoece com a COVID-19 poderá se recuperar em casa. No momento, não existem tratamentos específicos para a COVID-19. Mas, muitas das medidas já sacramentadas para controle dos sintomas da gripe comum – como repouso, hidratação contínua, medicamentos para aliviar a febre e dores – também são úteis com a COVID-19.

Enquanto isso, os cientistas estão trabalhando continuamente para desenvolver tratamentos eficazes. As terapias que estão sob investigação incluem medicamentos usados para tratar a malária e doenças autoimunes, antivirais desenvolvidos para outros vírus e anticorpos de pessoas que se recuperaram da COVID-19.

26. Existe um tratamento antiviral específico para a COVID-19?

Atualmente, não há tratamento antiviral específico para COVID-19. No entanto, drogas previamente desenvolvidas para tratar outras infecções virais estão sendo testadas para verificar se elas também podem ser eficazes contra o vírus que causa a COVID-19.

27. Por que é tão difícil desenvolver tratamentos para doenças virais?

Um medicamento antiviral deve ser capaz de atingir a parte específica do ciclo de vida de um vírus, necessária para sua reprodução. Além disso, um medicamento antiviral deve ser capaz de matar um vírus sem matar a célula humana que ele ocupa. E os vírus são altamente adaptáveis. Como se reproduzem tão rapidamente, eles têm muitas oportunidades de sofrer mutações (alterar suas informações genéticas) a cada nova geração, potencialmente desenvolvendo resistência a quaisquer medicamentos ou vacinas que desenvolvemos.

28. A dexametasona é eficaz no tratamento de COVID-19?

Um relatório recente de um ensaio clínico mostrou que o corticosteroide dexametasona diminuiu o risco de óbito em pacientes muito doentes hospitalizados com COVID-19. O relatório foi divulgado antes da publicação do estudo em uma revista médica, o que significa que os resultados da pesquisa não passaram pela revisão cuidadosa habitual.

Muitos médicos, inclusive os norte-americanos, estão tratando pacientes muito doentes com COVID-19 com corticosteroides desde o início da pandemia. Faz sentido biológico para os pacientes que desenvolveram uma resposta inflamatória muito exacerbada à infecção viral. Nesses casos, é a reação exagerada do sistema imunológico que está danificando os pulmões e outros órgãos e, muitas vezes, levando à morte.

A dexametasona e outros corticosteroides (prednisona, metilprednisolona) são potentes anti-inflamatórios. Uma das questões-chave é se a dexametasona é eficaz em alguns pacientes com COVID-19 e quando deve ser iniciada. Se o tratamento com corticoides for instituído muito precocemente poderá afetar o sistema de defesa natural do organismo humano e isso pode permitir que o vírus prospere. Mas precisaremos de mais estudos além deste relatório mais recente para confirmar a eficácia do medicamento.

29. É seguro tomar ibuprofeno para tratar os sintomas de COVID-19?

Alguns médicos franceses desaconselham o uso do ibuprofeno para os sintomas de COVID-19, com base em relatos de pessoas saudáveis ¿¿com COVID-19 confirmado que estavam tomando um anti-inflamatório não hormonal (que não é corticoide) para aliviar os sintomas e desenvolveram uma doença grave, especialmente pneumonia. Estas são apenas observações e não são baseadas em estudos científicos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou inicialmente o uso de acetaminofeno ou paracetamol em vez de ibuprofeno para ajudar a reduzir a febre e dores relacionadas a esta infecção por coronavírus, mas agora afirma que o acetaminofeno ou o ibuprofeno podem ser usados. Mudanças rápidas nas recomendações criam incertezas, por isso, ainda é prudente escolher primeiro o acetaminofeno, com uma dose total não superior a 3 mil miligramas por dia.

30. Cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina são seguras e eficazes no tratamento da COVID-19?

Relatórios iniciais da China e da França sugeriram que os pacientes com sintomas graves de COVID-19 melhoraram mais rapidamente quando receberam cloroquina ou hidroxicloroquina. Alguns médicos estavam usando uma combinação de hidroxicloroquina e azitromicina com alguns efeitos positivos.

A hidroxicloroquina e a cloroquina são usadas principalmente para tratar a malária e várias doenças inflamatórias, incluindo lúpus e artrite reumatoide. A azitromicina é um antibiótico comumente prescrito para infecções na garganta e pneumonia bacteriana.

Demonstrou-se que a hidroxicloroquina e a cloroquina matam o vírus COVID-19 na placa de laboratório. Os medicamentos parecem funcionar através de dois mecanismos: primeiro, eles dificultam a ligação do vírus à célula, impedindo que o vírus entre na célula e se multiplique dentro dela. Segundo, se o vírus conseguir entrar na célula, as drogas o matam antes que ele possa se multiplicar.

A azitromicina nunca é usada para infecções virais. No entanto, este antibiótico tem alguma ação anti-inflamatória. Houve especulações, embora nunca comprovadas, de que a azitromicina pode ajudar a atenuar uma resposta imune hiperativa à infecção por COVID-19.

A sociedade científica ainda não divulgou se esses medicamentos, isoladamente ou em combinação, podem tratar a infecção viral por COVID-19. Estudos humanos recentes sugerem nenhum benefício e possibilidade de um risco maior de morte devido a anormalidades do ritmo cardíaco.

Com relação à eficácia da hidroxicloroquina isolada na prevenção da infecção por coronavírus, os resultados de um ensaio clínico recém-publicado no New England Journal of Medicine descobriram que ela não preveniu a infecção. No entanto, a forma como este estudo foi conduzido foi questionado por alguns especialistas.

Onde isso nos deixa? A recomendação não mudou. A cloroquina ou a hidroxicloroquina com ou sem azitromicina não devem ser usadas para prevenir ou tratar a infecção por COVID-19, a menos que esteja sendo prescrita no hospital ou como parte de um ensaio clínico.

31. A vitamina D protege contra a COVID-19?

Existem evidências que sugerem que a vitamina D pode ajudar a proteger contra a infecção e o desenvolvimento de sintomas graves de COVID-19. Sabemos, por exemplo, que pessoas com baixos níveis de vitamina D podem ser mais suscetíveis a infecções do trato respiratório superior. Uma meta-análise descobriu que pessoas que tomavam suplementos de vitamina D, particularmente aqueles que tinham baixos níveis, eram menos propensos a desenvolver infecções agudas do trato respiratório do que aquelas que não tomavam.

A vitamina D pode proteger contra a COVID-19 de duas maneiras: primeiro, pode ajudar a aumentar a defesa natural de nosso corpo contra vírus e bactérias. Segundo, pode ajudar a prevenir uma resposta inflamatória exagerada, que demonstrou contribuir para doenças graves em algumas pessoas com COVID-19.

Nossos corpos produzem vitamina D quando expostos ao sol. Cinco a 10 minutos de exposição ao sol em alguns ou na maioria dos dias da semana aos braços, pernas ou costas sem protetor solar permitirão que você consiga o suficiente da vitamina. Boas fontes alimentares de vitamina D incluem peixes gordurosos (como atum, cavala e salmão), alimentos enriquecidos com vitamina D (como laticínios, leite de soja e cereais), queijo e gemas de ovos.

A dose dietética recomendada de vitamina D é de 600 UI por dia para adultos com 70 anos ou menos e 800 UI por dia para adultos com mais de 70 anos. Um suplemento diário contendo 1.000 a 2.000 UI de vitamina D é provavelmente seguro para a maioria das pessoas. Para adultos, o risco de efeitos nocivos aumenta acima de 4.000 UI por dia.

32. Devo tomar vitamina C para evitar a infecção pelo novo coronavírus?

Alguns pacientes gravemente enfermos com COVID-19 foram tratados com altas doses de vitamina C intravenosa na esperança de que isso acelerasse a recuperação. No entanto, não há evidências científicas claras ou convincentes de que funcione para infecções por COVID-19 e não é uma parte padrão do tratamento para essa nova infecção.

Estudos clínicos demonstraram algum efeito benéfico do uso de altas doses de vitamina C (juntamente com tiamina e corticosteroides) entre pessoas com sepse, uma forma de infecção avassaladora que causa pressão arterial baixa e falência de órgãos. Embora nenhum desses estudos tenha analisado o uso de vitamina C em pacientes com COVID-19, a terapia vitamínica foi administrada especificamente para sepse e Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), e essas são as condições mais comuns que levam as pessoas à UTI, suporte ventilatório ou morte entre aqueles com infecções graves por COVID-19.

Não há evidências de que o uso de vitamina C ajude a prevenir a infecção pelo novo coronavírus. Embora as doses padrão de vitamina C sejam geralmente inofensivas, altas doses podem causar vários efeitos colaterais, incluindo náuseas, cãibras e aumento do risco de pedras nos rins.

Prevenção

33. O que posso fazer para me proteger e impedir a propagação de doenças?

Medidas de proteção para todos

Você pode reduzir suas chances de ser infectado ou espalhar COVID-19 tomando algumas precauções simples:

  1. Lave regularmente e cuidadosamente, por pelo menos por 20 segundos, as mãos com água e sabão ou higienize com solução à base de álcool. Por quê? Lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool nas mãos mata o vírus que pode estar nelas.
  2. Mantenha pelo menos 1 metro de distância entre você e qualquer pessoa que esteja tossindo ou espirrando. Por quê? Quando alguém tosse ou espirra, pulveriza pequenas gotas líquidas do nariz ou da boca, que podem conter vírus. Se você estiver muito próximo, poderá respirar as gotículas, incluindo o novo coronavírus, se a pessoa que tossir tiver a doença.
  3. Evite tocar nos olhos, nariz e boca. Por quê? As mãos tocam muitas superfícies e podem pegar vírus. Uma vez contaminadas, elas podem transferir o vírus para os olhos, nariz ou boca. A partir daí, o vírus pode entrar no seu corpo e deixá-lo doente.
  4. Certifique-se de que você e as pessoas ao seu redor seguem uma boa higiene respiratória. Isso significa cobrir a boca e o nariz com o braço ou lenço descartável quando tossir ou espirrar. Em seguida, descarte o lenço usado imediatamente. Por quê? Gotas espalham vírus. Ao seguir uma boa higiene respiratória, você protege as pessoas ao seu redor contra vírus como resfriado, gripe e COVID-19.
  5. Fique em casa se não se sentir bem. Se você tiver febre, tosse e dificuldade em respirar, procure atendimento médico e ligue com antecedência. Siga as instruções da sua autoridade sanitária local. Por quê? As autoridades nacionais e locais terão as informações mais atualizadas sobre a situação em sua área. Ligar com antecedência permitirá que seu médico o direcione rapidamente para o centro de saúde certo. Isso também irá protegê-lo e ajudar a evitar a propagação de vírus e outras infecções.
  6. Se você desenvolver febre, tosse e dificuldade em respirar, procure orientação médica imediatamente, pois isso pode ocorrer devido a uma infecção respiratória ou outra condição mais séria. Se possível, ligue previamente para o seu médico ou para o serviço de referência da sua região ou plano de saúde. Por quê? Ligar com antecedência permitirá que o médico o direcione rapidamente para o centro de saúde certo. Isso também ajudará a evitar a possível propagação da COVID-19 e outros vírus.

34. Devo usar uma máscara facial para proteger contra o coronavírus?

Dados científicos recentes constataram que a transmissão da COVID-19 pode ocorrer mesmo antes do indivíduo apresentar os primeiros sinais e sintomas. Por esse motivo, o Ministério da Saúde passou a recomendar o uso de máscaras faciais para todos. A utilização de máscaras impede a disseminação de gotículas expelidas do nariz ou da boca do usuário no ambiente, garantindo uma barreira física que vem auxiliando na mudança de comportamento da população e diminuição de casos

Assim, recomenda-se a utilização de máscara facial sempre que tiver que sair de casa para ambientes públicos. As pessoas que usarem máscaras devem seguir as boas práticas de uso, remoção e descarte, assim como higienizar adequadamente as mãos antes e após a remoção. Devem também lembrar que o uso de máscaras deve ser sempre combinado com as outras medidas de proteção.

Nesse sentido, sugere-se que a população possa produzir as suas próprias máscaras em tecido de algodão, tricoline, TNT, ou outros tecidos, que podem assegurar uma boa efetividade se forem bem desenhadas e higienizadas corretamente. O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que esteja bem ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.

35. Como colocar, usar, tirar e descartar uma máscara?

  • Antes de tocar na máscara, limpe as mãos com um higienizador à base de álcool ou água e sabão
  • Pegue a máscara e verifique se está rasgada ou com buracos
  • Oriente qual lado é o superior
  • Assegure-se de que o lado correto da máscara está voltado para fora
  • Coloque a máscara no seu rosto. Dependendo do modelo, aperte a tira de metal ou a borda rígida da máscara para que ela se adapte ao formato do seu nariz
  • Puxe a parte inferior da máscara para que ela cubra sua boca e seu queixo
  • Após o uso, retire a máscara. Remova as presilhas elásticas por trás das orelhas, mantendo a máscara afastada do rosto e das roupas, para evitar tocar nas superfícies potencialmente contaminadas da máscara
  • Descarte a máscara em uma lixeira fechada imediatamente após o uso. Higienize as mãos depois de tocar ou descartar a máscara
  • Se for de tecido, lave a máscara usando água e sabão e faça o enxágue em água corrente. Deixe secar bem. Em seguida, passe ferro quente e guarde em saco plástico limpo para a próxima utilização

36. Devo evitar de viajar de avião?

Neste momento, grande parte das viagens aéreas pelo mundo todo está restrita. Obviamente, se alguém tiver febre e sintomas respiratórios, essa pessoa não deve voar. Assim como qualquer pessoa que tenha febre e sintomas respiratórios e voe de qualquer maneira deve usar uma máscara em um avião.

37. Existe uma vacina disponível para o coronavírus?

Embora nenhuma vacina esteja disponível até este momento, vários países estão fazendo uma força-tarefa para desenvolvimento de uma vacina eficaz contra a COVID-19. São mais de 200 pesquisas em andamento, inclusive, duas vacinas estão em fase de testes em humanos.

38. Como fazer compras com segurança?

Mantenha pelo menos 1 metro de distância dos outros e evite tocar nos olhos, boca e nariz. Se possível, higienize as alças dos carrinhos de compras ou cestas antes de tocá-las. Lave bem as mãos após chegar e casa e depois de manusear e armazenar os produtos adquiridos. É recomendável a higienização das embalagens e produtos antes de guardá-los.

39. Como prevenir o novo coronavírus – dicas gerais

  • Ainda não existe uma vacina para prevenir a infecção por coronavírus. As orientações de prevenção são as mesmas de outras doenças de transmissão via respiratória
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes ou com sintomas de infecção respiratória aguda (tosse, coriza, febre)
  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, por pelo menos 20 segundos, principalmente após ter contato direto com pessoas doentes e antes de se alimentar. Se não houver água e sabão, usar um antisséptico para as mãos à base de álcool em gel
  • Usar lenços descartáveis para higiene nasal (nada de lencinhos de pano!) e descartá-los logo após a utilização
  • Cobrir nariz e boca sempre que for espirrar ou tossir de preferência com um lenço de papel (e descartar no lixo)
  • Na falta de lenço de papel, preferir usar o braço para cobrir nariz e boca. Evite cobrir com a mão, pois é mais comum encostar em outras pessoas ou objetos com ela
  • Se usar as mãos para cobrir, lave-as sempre após tossir ou espirrar
  • Evitar tocar em olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas
  • Manter ambientes muito bem ventilados
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos, garrafas e talheres
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies que sejam tocados com frequência
  • Evitar contato com animais selvagens ou doentes
  • Evitar cumprimentar pessoas com apertos de mão. Prefira um aceno acompanhado de um sorriso

40. A maior parte da humanidade será infectada pelo novo coronavírus?

É provável que e a maioria dos seres humanos seja infectada. Mas uma pergunta é superimportante: quanto tempo levará para que isso aconteça? Se isso ocorrer em curto espaço de tempo, todos os hospitais ficarão sobrecarregados e as pessoas não serão tratadas por coronavírus ou outras doenças. Se for muito rápido, será um desastre sem precedentes. No entanto, se fizermos o melhor possível em termos de prevenção, praticando o distanciamento social, reduzindo as viagens, não indo para o trabalho quando estivermos doentes, poderemos retardar a propagação da doença. Se a mesma infecção se espalhar em 60 a 70% da população global por três anos, os hospitais não ficarão sobrecarregados, as pessoas poderão ser tratadas adequadamente e teremos tempo para desenvolver uma vacina - é uma história completamente diferente. Acontecer rápido ou devagar é potencialmente a diferença entre um evento no nível da gripe espanhola de 1918 e um evento no semelhante ao da temporada de gripe ruim. Nós podemos ter o controle sobre isso!

Fake News

41. Loló e cocaína podem matar o coronavírus?

Não. Fake news recomendando o uso de drogas ilícitas e prejudiciais à saúde estão sendo enviadas via aplicativos de mensagens e redes sociais. Não existe qualquer comprovação científica sobre o uso de drogas como loló (mistura de éter e clorofórmio) ou cocaína no tratamento da doença. Pelo contrário: as drogas podem fragilizar ainda mais o sistema respiratório. Segundo o Ministério da Saúde, “até o momento, não há nenhum medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus”.

42. Chá de erva-doce pode matar o coronavírus?

Não. Fake news com suposta orientação de médicos do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e do Hospital São Domingos já foram desmentidas pelas instituições. Mensagens falsas que citavam o chá de erva-doce como cura para o vírus H1N1 em 2018 voltaram a circular após a confirmação de casos de coronavírus no Brasil. Não há nenhuma comprovação científica quanto ao seu uso como medicamento contra o H1N1 ou com o mesmo efeito do Tamiflu. Segundo o Ministério da Saúde, “até o momento, não há nenhum medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus”.

43. A OMS e a Opas divulgaram uma receita de gel pra fazer em casa?

Não, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) não divulgaram receita de gel para fazer em casa. Esse processo de produção caseira pode, inclusive, ser prejudicial à saúde. A recomendação dessas instituições é lavar as mãos com água e sabão ou higienizador à base de álcool. Tanto álcool em gel quanto água e sabão são eficazes para matar vírus que podem estar nas mãos ou outra parte do corpo.

  • Para combater as fake news sobre saúde, o Ministério da Saúde está disponibilizando um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Vale destacar que o canal não será um SAC ou tira dúvidas dos usuários, mas um espaço exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira. Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61) 99289-4640.

Saiba mais sobre o coronavírus:

Inovação Unimed contra o coronavírus

Coronavírus: principais sintomas e cuidados

Texto, edição e revisão: Unimed do Brasil

Fonte: Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde

Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.


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