O cigarro eletrônico existe desde 1960, no entanto, recentemente, tornou-se uma tendência entre o público jovem. Também conhecido como pod ou vape, aquilo que, inicialmente, parecia ter como objetivo reduzir os danos causados pelo tabagismo, na verdade, trouxe mais riscos.
Desde já, vale destacar que o comércio e a propaganda do cigarro eletrônico são proibidos por lei, de acordo com a RDC 46/2009, da Anvisa. Além disso, o dispositivo promove complicações para a saúde, tal qual o cigarro tradicional. As substâncias utilizadas no aparelho, como a própria nicotina, também causam dependência, favorecendo o tabagismo.
Pensando nisso, separamos neste artigo os 5
principais motivos que fazem com que o cigarro eletrônico seja tão nocivo à
saúde quanto o cigarro tradicional. Acompanhe!
1. Doenças respiratórias
A inalação das substâncias utilizadas no cigarro eletrônico é capaz de irritar diversos órgãos do sistema respiratório. Consequentemente, pode aumentar o risco de desenvolver doenças nesse local.
Inclusive, uma delas não era sequer conhecida até alguns anos atrás. Por conta disso, recebeu o nome de Evali (sigla para E-cigarette or Vaping product use-Associated Lung Injury) pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).
A Evali traz uma lesão com caráter
inflamatório aos pulmões, associada a diversos outros sintomas desagradáveis,
como dor no peito, falta de ar, tosse frequente, febre e calafrios.
2. Câncer de pulmão
As inflamações e lesões causadas no trato respiratório não são os únicos problemas que o cigarro eletrônico é capaz de trazer à saúde. Os efeitos nocivos no corpo também aumentam o risco de desenvolver câncer de pulmão.
Essa tendência recente levou ao
desenvolvimento de diversas pesquisas em torno do tema. Ainda é necessário mais
análises para encontrar resultados precisos, no entanto, um estudo feito com ratos expostos ao cigarro comum
e ao eletrônico, na Universidade de Nova York, constatou que a incidência da
doença era maior no método alternativo que no tabaco tradicional.
3. Doenças cardiovasculares
A saúde do coração também fica em risco com o uso do cigarro eletrônico. Da mesma forma que as substâncias inaladas no dispositivo provocam inflamações no sistema respiratório, ao entrar em contato com a corrente sanguínea podem levar essa reação inflamatória aos tecidos do coração e das artérias.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) traz um
alerta para o aumento do risco de desenvolvimento de síndrome coronariana aguda
e, inclusive, de infarto, com o uso do cigarro eletrônico.
4. Falta de ar
A falta de ar é um dos sinais das doenças
respiratórias e ocorre devido aos danos provocados nos pulmões. Sintomas como
esse são percebidos com frequência, até mesmo entre os jovens que utilizam os
dispositivos eletrônicos.
5. Cansaço excessivo
Consequentemente, o cansaço excessivo também é uma das manifestações físicas dos danos à saúde provocados pelo uso do cigarro eletrônico. A dificuldade de realizar atividades cotidianas simples, que exigem pouco esforço, sem se cansar, aumenta, principalmente por conta dos problemas respiratórios.
Falar sobre os riscos envolvidos com o uso do cigarro eletrônico é importante, principalmente para quebrar o mito de que essa versão alternativa é menos problemática do que o tabaco tradicional. Conhecer os danos causados por esse hábito é uma maneira de evitar cair nessa cilada e procurar métodos eficazes para deixar de lado o tabagismo de uma vez por todas.
Inclusive, se você está em busca de ajuda
para abandonar esse hábito que é tão prejudicial à saúde, saiba que a Medicina
Preventiva conta com um programa
específico para quem quer parar de fumar, composto por uma série de
encontros online educativos conduzidos por uma equipe multidisciplinar, rodas
de conversa e acompanhamento médico. É a sua oportunidade de dar um primeiro
passo efetivo para essa mudança tão necessária para seu bem-estar.
Conteúdo revisado pela equipe de Medicina Preventiva da Unimed Campinas.