A gestação é uma fase repleta de mudanças, descobertas e cuidados. Mas
esse momento tão especial também precisa ser cercado de cuidados, pois pode
trazer algumas complicações que precisam ser levadas a sério.
Uma delas é a síndrome Hellp, uma condição grave, que pode aparecer
durante a gravidez. Saber identificar os sinais e procurar atendimento médico o
quanto antes faz toda a diferença. Continue a leitura e saiba mais.
O nome "Hellp" vem da sigla em inglês que representa três
alterações importantes no organismo:
● Hemólise
(quebra das células vermelhas do sangue)
● EL
(elevação das enzimas do fígado)
●
LP (baixa contagem de plaquetas)
Essa condição é considerada uma forma grave da pré-eclâmpsia, um problema também relacionado
à hipertensão na gestação. O que torna a
síndrome Hellp ainda mais delicada é que ela pode surgir mesmo em mulheres que
não apresentaram pressão alta como um sinal de alerta.
Embora a causa exata da síndrome Hellp ainda não seja totalmente
compreendida, ela tem ligação direta com a pré-eclâmpsia e, em alguns casos,
com a eclâmpsia. Alguns fatores aumentam a chance de uma mulher desenvolver
essa condição durante a gravidez:
● histórico
de hipertensão gestacional;
● ter
tido pré-eclâmpsia ou Hellp em uma gestação anterior;
● gestação
múltipla (gêmeos, trigêmeos, etc.);
● idade
materna acima de 35 anos;
●
obesidade.
Um dos maiores desafios da síndrome Hellp é que seus sintomas muitas
vezes se confundem com outras condições comuns da gravidez, o que pode atrasar
o diagnóstico.
Veja alguns sinais que merecem atenção:
● dor
abdominal, especialmente na parte superior direita do abdômen (próxima ao
fígado);
● náuseas
e vômitos, que não melhoram com repouso ou alimentação leve;
● dor
de cabeça forte e constante;
● visão
turva ou embaçada;
● inchaço
repentino, especialmente no rosto e nas mãos;
●
fadiga ou sensação de mal-estar geral;
O diagnóstico da síndrome Hellp exige uma combinação de exames
laboratoriais e avaliação clínica detalhada. O médico vai observar o quadro
geral da paciente e solicitar exames como:
● hemograma
completo, para verificar a quebra das hemácias;
● dosagem
das enzimas hepáticas;
● contagem
de plaquetas;
● pressão
arterial constantemente monitorada;
●
avaliação da função renal e presença de proteínas na
urina.
Com esses exames, o profissional consegue confirmar o diagnóstico e
tomar decisões para te proteger.
A síndrome Hellp exige tratamento imediato, geralmente com internação
hospitalar. Em muitos casos, é necessário antecipar o parto para evitar
fatalidades. Além disso, o tratamento inclui:
● controle
da pressão arterial;
● transfusão
de plaquetas, se necessário;
● suporte
para os órgãos da mãe, especialmente o fígado e os rins;
●
monitoramento contínuo do bem-estar fetal.
A boa notícia é que, com um diagnóstico precoce e cuidados adequados,
muitas mães se recuperam bem e os bebês, muito embora nasçam prematuros, conseguem se desenvolver com o
suporte neonatal.
No caso da síndrome Hellp, a atenção aos detalhes e a realização de um
pré-natal completo fazem toda a diferença. Se você está grávida, vale muito a
pena se informar melhor sobre quando começar os exames e como cuidar da sua
saúde com carinho desde o início.Aproveite sua visita ao blog da Unimed
Campinas para ler também o nosso artigo sobre o que é pré-natal e quando começar os exames da gravidez.