As cicatrizes
podem se formar de diferentes maneiras, e entre elas estão as cicatrizes
hipertróficas e os queloides. Compreender as diferenças entre essas duas
condições ajuda na prevenção e na administração do tratamento adequado. Para
entender mais sobre o assunto, confira este artigo.
A cicatriz
hipertrófica é um tipo de cicatriz elevada que se forma devido a uma produção
elevada de colágeno durante o processo de cicatrização. Diferente do queloide,
ela tende a se manter nos limites da lesão original e pode diminuir com o
tempo.
O queloide, por
sua vez, é uma cicatriz que cresce bem além dos limites da lesão, formando uma
massa irregular. Ele acontece devido a uma resposta exagerada do organismo na
produção de colágeno.
A cicatriz
hipertrófica e o queloide têm diferenças importantes. Enquanto a primeira se
limita à região da lesão original, mantendo-se contida nessa área. Já o
queloide, cresce além dos limites da ferida inicial, expandindo-se para áreas
adjacentes da pele.
O quelóide
também tende a ser mais elevado, denso e com uma coloração mais intensa,
variando entre avermelhado e escurecido, enquanto a cicatriz hipertrófica
geralmente é menos evidente.
Em relação à
regeneração, as cicatrizes hipertróficas costumam regredir, podendo se tornar
menos visíveis, ao passo que os queloides têm uma tendência a persistir ou até
mesmo aumentar com envelhecimento.
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Leia também: Envelhecimento
precoce: o que é, causas e como evitar
Por fim, a
predisposição genética desempenha um papel mais significativo no
desenvolvimento de quelóides, que estão associados a fatores hereditários,
diferentemente das cicatrizes hipertróficas.
Em primeiro
lugar, é importante evitar traumas excessivos na região que está cicatrizando,
como coçar ou esfregar, pois isso pode agravar o tecido e prejudicar o processo
de cicatrização. O uso de fitas de silicone ou curativos compressivos também é
recomendado por ajudarem a reduzir a tensão na área e a minimizar as
cicatrizes.
Além disso, a
aplicação de hidratantes e protetor solar na área afetada ajuda a manter a pele
nutrida e protegida contra os danos causados pelos raios UV, que podem, além de
dificultar processos de cicatrização, causar outros tipos de danos, incluindo o câncer de pele.
Existem
diversas opções de tratamento disponíveis para cicatrizes hipertróficas e
quelóides, cada uma com suas particularidades e indicações. O uso de
corticosteroides, seja na forma tópica ou injetável, é um deles — mas deve,
sempre, ser recomendado e acompanhado por um médico.
A terapia a
laser também é uma alternativa eficiente, promovendo a remodelação da pele e
melhorando a aparência das cicatrizes ao estimular a produção de colágeno.
Existe também a crioterapia, que utiliza frio intenso para congelar e reduzir o
tecido cicatricial
Já a cirurgia
para remoção da cicatriz pode ser considerada em casos específicos, mas deve
ser realizada com cautela, principalmente no caso de quelóides, devido ao risco
de recorrência. Em muitos casos, combinar diferentes tratamentos pode trazer os
melhores resultados, sempre sob a orientação de um profissional especializado.
Cuidar da pele
e buscar orientação profissional é fundamental para um tratamento eficaz. Quer
entender mais sobre a saúde do maior órgão do corpo? Leia também nosso artigo
com 5 dicas para cuidar da sua pele.