Enterocolite
necrosante é uma condição grave de saúde que afeta principalmente recém
nascidos, especialmente os prematuros ou que nascem com baixo peso.
Entender seus sinais
e sintomas é fundamental para realizar o diagnóstico o mais cedo possível, já
que a enterocolite em recém nascido evolui muito rapidamente e pode levar a um
quadro grave nos primeiros dias de vida do bebê.
Leia este artigo para
entender mais sobre o assunto.
A enterocolite
necrosante é uma doença que provoca uma inflamação dos intestinos grosso e
delgado. O problema acomete principalmente os bebês prematuros, resultando no surgimento de
lesões na superfície dos tecidos intestinais da criança.
Em casos mais graves,
essa condição pode levar à necrose (ou seja, à morte) de parte do intestino.
Nesse caso, acaba causando perfurações na região que, muitas vezes, podem ser
fatais.
As causas da
enterocolite em recém-nascido não são totalmente identificadas. O que se sabe é
que ela está associada a uma irrigação inadequada de sangue para o intestino do
bebê. Quando isso acontece, a parede intestinal pode ser atingida por bactérias
que perfuram essa parede.
A perfuração, por sua
vez, resulta na contaminação do organismo com os conteúdos intestinal. Quando a
infecção atinge a corrente sanguínea do bebê, o problema se torna generalizado
e pode levar o recém-nascido à morte.
Apesar de as causas
da enterocolite ainda não estarem claras, alguns fatores de risco estão
associados ao surgimento da doença. Entre eles, os mais comuns são os
seguintes:
●
prematuridade;
●
alimentação precoce por sonda;
●
tratamentos feitos com antibióticos ou uso de outros medicamentos;
●
doenças cardíacas congênitas;
● baixo nível de oxigênio do sangue
durante ou depois do parto.
Por esse motivo,
quando algumas dessas situações estão relacionadas ao recém-nascido, é muito
importante que os médicos e pais redobrem a atenção em caso do surgimento de
qualquer sintoma que possam indicar a doença.
No tópico a seguir, você
vai entender como reconhecer os principais sinais de enterocolite nos bebês.
Os sinais que indicam
a enterocolite podem começar de maneira quase imperceptível, sendo muitas vezes
de difícil detecção no início. Por esse motivo, é comum que a condição demore a
ser identificada, o que leva a uma piora do quadro.
Em geral, ela
acontece nas duas primeiras semanas de vida do bebê, causando sintomas como:
●
leve inchaço na barriga;
●
dificuldade para se alimentar;
● alteração na cor da pele.
Em pouco tempo,
porém, os sintomas podem evoluir e comprometer o paciente de forma sistêmica.
Nesse caso, o bebê pode passar a apresentar:
●
letargia;
●
diarreia;
●
sangue nas fezes;
●
apneia;
●
queda na temperatura corporal;
● vômito com sangue.
O diagnóstico de
enterocolite é clínico, sendo confirmado por meio de exames no
recém-nascido por
imagem radiográficas.
Através das
radiografias do abdômen é possível observar a presença de gases na parede
intestinal. Quando os gases estão presentes na cavidade abdominal, isso
significa que se trata de uma situação de extrema gravidade.
Outra forma de
diagnosticar a enterocolite em recém-nascido é realizando exames de sangue. Se
os resultados indicarem a presença de quadros inflamatórios, será preciso
aprofundar no diagnóstico da doença.
Além dessas formas de
diagnósticos, também é importante que a equipe médica esteja atenta aos
sintomas. Se os pais notarem que a criança está agindo de forma diferente e
apresenta sinais que possam indicar a enterocolite, é fundamental informar ao
médico o mais breve possível.
A enterocolite tem
cura na maioria dos casos, sendo, para isso, importante que o diagnóstico e o
tratamento aconteçam precocemente.
O tratamento deve ser
feito de acordo com a gravidade do caso, sendo necessário cuidados com o
recém-nascido
como suspender a alimentação via oral. O bebê deve passar então para uma
nutrição parenteral e fazer o uso de antibióticos.
Em casos mais graves
de enterocolite em recém-nascido, a criança vai precisar passar por um
procedimento cirúrgico para o tratamento das perfurações na parede intestinal.
Após o tratamento, o
bebê deve ter o acompanhamento de um pediatra. Isso porque há casos onde a
criança pode apresentar problemas causados pela doença, que vão desde a má absorção
de alimentos a atrasos em seu desenvolvimento.
Como você viu ao
longo deste post, a enterocolite em recém-nascido é uma doença que pode afetar
o bebê já em suas primeiras semanas de vida. Com o diagnóstico precoce e o
tratamento adequado, é possível alcançar a cura da doença, sendo para isso
essencial a atenção aos sinais que possam indicar esse problema.
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