Segundo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em
2024, o Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial de diabetes em
crianças (tipo I). Mas será que esse é o único que pode acometer os pequenos?
Nesse artigo explicamos quais são os tipos de diabetes mais comuns em
crianças, quais são os principais sintomas de cada um e o que os pais devem
fazer assim que receberem o diagnóstico da doença. Boa leitura!
Os tipos mais comuns de
diabetes em crianças são o tipo 1 e o tipo 2, sendo o tipo 1 o mais frequente.
Esse tipo é uma doença autoimune, em que o organismo
ataca as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina. Por isso,
a criança precisa de aplicação diária do hormônio.
Já o diabetes tipo 2, que antes era raro na
infância, tem se tornado mais comum devido à má alimentação e ao sedentarismo.
Nesse caso, o corpo ainda produz insulina, mas não consegue utilizá-la
corretamente.
Em ambos os casos, o diagnóstico precoce é essencial para garantir
um tratamento eficaz e evitar complicações.
Os principais sintomas de diabetes em crianças são bem parecidos nos
dois tipos (tipo 1 e tipo 2), e é bom ficar atento porque podem surgir
sutilmente. Dessa maneira, veja abaixo o que observar no dia a dia:
● sede excessiva: a criança pede muita
água, mesmo sem estar em atividade;
● xixi frequente: inclusive à noite ou
escapando involuntariamente;
● fome aumentada: come mais do que o normal,
mas não ganha peso;
● perda de peso: emagrece sem explicação;
● cansaço constante: fica desanimada, sem
energia para brincar;
● irritabilidade: mudanças de humor
frequentes;
●
infecções
recorrentes: como assaduras ou infecções urinárias.
O diagnóstico de diabetes em crianças é feito por exames de sangue, e
quanto mais cedo, melhor, pois isso ajuda a evitar complicações sérias, como a
cetoacidose diabética.
O primeiro passo costuma ser a glicemia de jejum, que mede o nível de
açúcar no sangue após 8 horas sem comer. Outro exame importante é a hemoglobina
glicada, que mostra a média da glicose nos últimos 3 meses. No tipo 1, os
médicos também solicitam exames de anticorpos para confirmar a origem
autoimune.
Em alguns casos, é feito o teste oral de tolerância à glicose, que
avalia a resposta do corpo após ingerir açúcar.
Após o diagnóstico de diabetes, os pais precisam aprender a lidar com a
nova rotina da criança, e isso envolve atenção diária, mas com o tempo tudo se
encaixa.
É importante monitorar a glicemia com frequência, seguir a orientação
médica sobre insulina (no tipo 1) e ajustar a alimentação, priorizando refeições
equilibradas e com horários regulares.
A prática de atividades físicas também ajuda no controle, bem como ensinar
a criança sobre o próprio corpo, identificar sintomas de hipo e hiperglicemia e
manter o contato com a equipe de saúde (endocrinologista, nutricionista e
profissional de educação física) para manter o cuidado contínuo.
Inclusive, a prática de atividade física é muito importante para
garantir a saúde e socialização das crianças. Confira esse outro post em nosso
blog no qual damos 3 dicas de exercícios físicos que você pode fazer com os
seus filhos!