HPV e câncer de colo
de útero (ou cervical) são problemas que podem estar ligados um ao outro,
afinal, o primeiro geralmente leva ao segundo, sendo importante conhecer e
entender as causas que possibilitam esse agravamento no quadro de saúde das
mulheres.
Nesse sentido, um dos
pontos de maior relevância é se
antecipar e procurar ajuda antes mesmo dos sintomas se manifestarem.
Mas o que são,
exatamente, o HPV e o câncer de colo de útero? Neste artigo, você vai poder
tirar suas dúvidas sobre o assunto, entendendo as causas, sintomas e fatores de
risco de cada um, bem como as principais medidas de prevenção. Confira!
O que é o HPV?
Também conhecido por
Papilomavírus Humano, o HPV é um vírus
transmitido por relações sexuais sem a devida proteção. Em mulheres, pode
causar problemas como câncer cervical e verrugas genitais, sendo importante
destacar a existência de mais de 100 tipos de HPV.
Destes, alguns são
potencialmente perigosos em relação ao surgimento do câncer. Grande parte das
pessoas com vida sexual ativa se infecta com esse vírus em algum momento da
vida. Apesar disso, muitas não vão ter complicações decorrentes do HPV.
Tipos de HPV
Dentre os mais de 100
tipos de HPV, cerca de 40 podem afetar a área genital de mulheres e homens. Dito isso, existe uma divisão em dois grupos:
●
Baixo risco: não causam câncer, mas podem provocar verrugas genitais, também
conhecidas por condiloma acuminado, além de outras lesões pouco prejudiciais à
saúde. Os tipos mais comuns associados são o HPV 6 e o HPV 11;
●
Alto risco: são mais associados ao surgimento de vários tipos de câncer, como o
cervical, vulvar, vaginal e anal. Os tipos mais comuns são o HPV 16 e o HPV 18.
Causas
De modo geral, uma
pessoa contrai HPV pelo contato com a pele ou mucosas, durante um ato sexual.
Convém destacar que a transmissão pode
ocorrer mesmo sem penetração ou ejaculação, sem contar que muitas pessoas
têm o vírus e não sabem.
Além disso, existem
alguns fatores de risco, incluindo o início precoce de atividade sexual,
sistema imune enfraquecido, histórico de ISTs (Infecções Sexualmente
Transmissíveis) e falta de uso de preservativo no ato sexual.
Sintomas
Como dissemos, é
possível que a manifestação do papilomavírus humano seja assintomática.
Contudo, na existência de sintomas, os principais indícios de infecção são o surgimento
de verrugas na área genital (dentro ou fora dela), que podem ser pequenas
ou grandes, agrupadas ou isoladas. Além disso, essas verrugas têm uma aparência
semelhante à couve-flor e, na maioria das vezes, não causam dor. Mesmo assim, é
possível o indivíduo sentir irritação e vontade de coçar.
Sobre o HPV de alto
risco — aquele associado a vários tipos de câncer —, o tumor na região cervical
costuma ser assintomático no início, sendo importante procurar profissionais
como o ginecologista e o urologista.
O que é o câncer
de colo de útero?
O colo do útero é uma
região que se abre em direção à vagina. Na prática, esse é um tipo de câncer
que tende a se desenvolver de modo lento, com lesões pré-cancerosas que podem
evoluir para um câncer cervical nocivo ao indivíduo. Na maioria das vezes, o câncer
cervical é causado pela infecção persistente do HPV, principalmente o 16 e o
18.
A mulher com suspeita
de câncer no colo do útero pode apresentar sangramento
vaginal após a relação sexual e na menopausa, por exemplo. Além disso, é possível sentir
dor ao longo de um ato íntimo, bem como uma secreção atípica.
Temos também em nosso
blog conteúdos sobre a endometriose e a cólica menstrual. Confira!
Qual a relação
entre câncer de colo de útero e HPV?
Com base no que
mostramos até aqui, o HPV é um dos principais fatores de risco no surgimento do
câncer de colo do útero. Se o sistema imune não for forte o suficiente, haverá
a possibilidade real dessa infecção persistir no organismo.
Como prevenir HPV
e possível câncer no colo de útero?
A seguir, confira as
principais medidas para se prevenir do HPV e do câncer de colo de útero!
Vacinação
Mesmo sem atividade
sexual, é recomendado tomar a vacina contra o HPV. Nesse sentido, costuma-se
aplicar o imunizante em crianças a partir de 9 anos, sendo aplicadas duas ou três doses, a depender da
idade.
Uso de
preservativo
Dado que o HPV é
transmitido pela pele, o uso de preservativo ajuda a evitar o contato entre os órgãos íntimos, caso estejam infectados.
Importante destacar que a camisinha contribui também na redução do risco de
outras Infecções Sexualmente Transmissíveis.
Exames de rotina
A detecção de lesões
pré-cancerosas decorrentes do HPV é feita por um exame chamado Papanicolau, ou
citologia cervical. Explicando brevemente, é um procedimento ginecológico de
rotina, visando identificar alterações
celulares na região do colo do útero.
Não fumar
Fumantes têm maior
propensão ao HPV e, no caso da mulher, ao câncer cervical. Por isso, é crucial abandonar o vício o quanto antes,
principalmente se já existem verrugas na região íntima ou lesões pré-cancerosas
no corpo da mulher. O uso do cigarro age diretamente no sistema imune, tornando
a infecção do HPV mais passível de permanecer e causar problemas de maior
gravidade.
Estilo de vida
saudável
Assim como várias
outras doenças e infecções, a prevenção do HPV passa por uma alimentação saudável, atividade física e
controle do estresse. Ao contrário do tabagismo, a combinação desses três
pontos fortalece o sistema imune, reduzindo o risco de aparecer diversas
doenças na mulher, inclusive o câncer de colo de útero.
Uma dica adicional
referente a um estilo de vida saudável é buscar ter uma boa noite de sono. Isso
porque uma noite bem dormida também contribui para o fortalecimento da
imunidade.
HPV e câncer de colo
de útero, como vimos na leitura, são problemas diretamente relacionados. Se o
sistema imunológico da mulher estiver fraco, a infecção causada pelo
papilomavírus pode provocar lesões pré-cancerosas e danos nas células do útero.
Usar preservativos, fazer atividade física e evitar o cigarro são algumas
práticas importantes na prevenção do câncer cervical e do HPV.
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Conteúdo revisado pela equipe de Medicina Preventiva da Unimed Campinas.