A inteligência artificial na saúde já deixou de ser um
experimento de laboratório para se tornar uma aliada estratégica no setor.
De acordo com um relatório da MarketsandMarkets de
2024, o mercado global de IA em saúde deve saltar de US$ 14,92 bilhões em 2024
para aproximadamente US$ 110,6 bilhões até 2030, com uma taxa de crescimento
anual composta (CAGR) de 38,6%.
Continue a leitura do artigo para entender como a
inteligência artificial na saúde está remodelando o setor, desde experiências
mais humanas com atendimento virtual e dados até a atuação estratégica de
startups e grandes empresas.
COMO A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA
SAÚDE ESTÁ TRANSFORMANDO A EXPERIÊNCIA DO PACIENTE?
Muito além da automação básica, a inteligência
artificial na saúde tem permitido uma transformação real na forma como
pacientes se relacionam com serviços médicos.
A inovação está presente desde o primeiro contato até o
acompanhamento pós-consulta, tornando a jornada mais acessível, eficiente e
personalizada. Veja abaixo como isso já acontece na prática:
ATENDIMENTO INTELIGENTE DESDE O PRIMEIRO CONTATO
Com o avanço das tecnologias de processamento de
linguagem natural, clínicas e operadoras passaram a adotar assistentes virtuais
baseados em IA para interagir diretamente com pacientes por canais como
WhatsApp ou Instagram.
De acordo com um levantamento da Accenture Health, de
2023, cerca de 70% das tarefas administrativas na saúde, incluindo agendamento,
confirmação de presença e triagens iniciais, podem ser automatizadas com IA.
Essas soluções são capazes de entender mensagens em
linguagem natural, identificar o tipo de solicitação (agendamento, dúvida,
cancelamento) e executar a ação desejada de forma autônoma.
Ou seja, mais do que agilidade, esse tipo de
atendimento representa uma mudança de paradigma: a relação com o paciente se
torna assíncrona e fluida, ou seja, ele pode resolver demandas sem depender da
disponibilidade de um atendente humano.
JORNADA PERSONALIZADA COM BASE EM DADOS
Com a integração de sistemas inteligentes, a
inteligência artificial na saúde passou a atuar também nos bastidores da
jornada do paciente, analisando dados clínicos e comportamentais para oferecer
orientações personalizadas aos profissionais da área.
Isso permite, por exemplo, que clínicas e operadoras
enviem alertas sobre exames preventivos, recomendações de check-up
ou conteúdos de saúde baseados no perfil individual de cada usuário.
Esse tipo de automação preditiva melhora o engajamento
com os cuidados contínuos, evita atrasos em
diagnósticos e contribui para decisões médicas mais rápidas e embasadas. Dessa
maneira, o paciente sente-se acompanhado, mesmo fora do ambiente físico da
consulta.
MAIS TEMPO PARA O QUE IMPORTA: O CUIDADO HUMANO[3]
Ao assumir tarefas operacionais repetitivas, como
agendamentos, triagens iniciais e envio de orientações automatizadas, a
inteligência artificial na saúde libera tempo dos profissionais para o que
realmente exige presença humana: a escuta, o acolhimento e a tomada de decisão
clínica.
Essa redistribuição do tempo é estratégica.
Profissionais que antes estavam sobrecarregados com demandas administrativas
passam a ter mais disponibilidade para atuar de forma qualificada, aprofundando
o vínculo com os pacientes e aumentando a resolutividade dos atendimentos.
4 TENDÊNCIAS EM INTELIGÊNCIA
ARTIFICIAL QUE ESTÃO MOLDANDO O FUTURO DA SAÚDE
Não é novidade que IA avança em ritmo acelerado,
sobretudo no setor da saúde, abrindo caminhos não apenas para ganhos clínicos,
mas também para novos modelos de negócio, eficiência operacional e experiências
integradas.
Confira a seguir, três tendências que já estão
redesenhando o setor:
WEARABLES INTELIGENTES INTEGRADOS À IA
A crescente adoção de dispositivos como smartwatches e
monitores de sinais vitais, está sendo potencializada com o uso da inteligência
artificial na saúde. Esses dispositivos vão além do simples monitoramento,
sendo utilizados em:
●
detecção de
padrões anormais: a IA analisa os dados em tempo real para identificar
irregularidades, como alterações nos batimentos cardíacos ou nos níveis de
oxigênio no sangue;
●
previsão de
eventos críticos: algoritmos são treinados para antecipar situações de
risco, como arritmias ou quedas bruscas de pressão, ativando alertas
preventivos;
●
ação proativa:
em alguns casos, protocolos de emergência podem ser acionados automaticamente
antes mesmo de o paciente perceber os sintomas;
●
análise
populacional: os dados agregados dos wearables ajudam instituições a mapear
comportamentos, ajustar políticas de cuidado e identificar tendências em saúde
pública;
●
personalização
do cuidado: com base nos dados individuais, é possível criar programas de
acompanhamento mais precisos, contínuos e adaptados à realidade de cada
paciente.
Dessa maneira, a combinação entre tecnologia e IA torna
o cuidado mais proativo e personalizado, fortalecendo a prevenção e o bem-estar
como pilares centrais da inovação em saúde.
INTELIGÊNCIA GENERATIVA EM PRONTUÁRIOS ELETRÔNICOS
O avanço da inteligência artificial na saúde não está
restrito apenas ao setor de atendimento ou monitoramento.
Uma das inovações mais promissoras é a aplicação da IA
generativa no preenchimento e organização de prontuários eletrônicos, uma das
tarefas mais burocráticas do cotidiano médico.
Entre os principais impactos dessa tecnologia,
destacam-se:
●
eliminação de retrabalho e erros manuais, com
preenchimento automatizado baseado em escuta ativa e interpretação de voz;
●
padronização das informações clínicas, o que facilita
auditorias, integrações entre sistemas e o histórico completo do paciente;
●
acesso rápido a insights clínicos, com a IA destacando
menções a sintomas, exames pendentes ou possíveis diagnósticos correlatos;
●
apoio à decisão médica, ao integrar a base do
prontuário com protocolos clínicos e recomendações baseadas em evidências.
Com isso, a IA deixa de ser apenas uma ferramenta de
automação e passa a atuar como um copiloto clínico.
INTEGRAÇÃO ENTRE IA E A ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS EM SAÚDE
Mais do que um recurso operacional, a inteligência
artificial na saúde tem se consolidado como um ativo estratégico para negócios
que desejam escalar seus serviços, reduzir desperdícios e oferecer experiências
integradas ao paciente.
Ao ser incorporada aos modelos de gestão e atendimento,
a IA permite:
●
tomada de decisão baseada em dados, com insights em
tempo real sobre fluxos de atendimento, custos operacionais e padrões de uso
dos serviços;
●
criação de jornadas digitais omnichannel, que conectam
canais de autoatendimento, como portais e apps, com centrais humanizadas de
suporte;
●
aumento da eficiência operacional, automatizando desde
o faturamento até a triagem e redirecionamento de pacientes com base em regras
inteligentes;
●
melhoria da previsibilidade financeira, ao apoiar
modelos preditivos que analisam riscos populacionais, absenteísmo e recorrência
de exames ou internações.
IA INTEGRADA AOS EQUIPAMENTOS MÉDICOS DE ÚLTIMA GERAÇÃO
A inteligência artificial também está presente nos
equipamentos clínicos mais modernos, aprimorando desde a captura de imagens até
a experiência do paciente.
Na Unimed Campinas, um dos avanços mais recentes
é a incorporação de IA no novo tomógrafo da instituição. O sistema é capaz de:
●
realizar o posicionamento inteligente do paciente,
reduzindo erros e a necessidade de ajustes manuais;
●
diminuir o tempo de exposição e a dose de radiação,
tornando o exame mais confortável e seguro;
●
agilizar a geração e a análise das imagens, elevando a
eficiência dos laudos médicos.
Com mais de 50 anos de história, é claro que a inovação
tecnológica estaria no cerne da atuação da Unimed Campinas.
A cooperativa tem ampliado suas soluções de
autoatendimento com assistentes virtuais em aplicativos, facilitando o
agendamento de consultas, a emissão de boletos, autorizações médicas e o acesso
ao histórico do paciente, tudo de forma prática e integrada.
Quer ver como a inteligência artificial na saúde já está sendo aplicada na prática? Conheça o serviço de diagnóstico por imagem da Unimed Campinas, que utiliza IA para oferecer exames mais rápidos, seguros e precisos.