Talvez você não saiba o que é mononucleose, mas é provável que já tenha
ouvido falar da doença do beijo. Trata-se de uma infecção que já acometeu, em
algum momento da vida, cerca de 95% da população adulta mundial, de
acordo com dados publicados pelo NCBI (National Center for Biotechnology
Information) de 2023.
De fácil transmissão, a mononucleose pode atingir pessoas de todas as
idades, apesar de ser mais comum nas mais jovens.
A seguir, descubra mais sobre essa doença viral, como ocorre o contágio
e quais são as alternativas de tratamento.
Conhecida popularmente como “doença do beijo”, a mononucleose é uma
infecção viral causada principalmente pelo vírus Epstein-Barr (EBV).
Ao entender o que é
mononucleose, é importante saber que ela afeta principalmente os linfócitos,
células que fazem parte do sistema imunológico. Quando isso acontece, a
garganta e os gânglios linfáticos são impactados, podendo, em alguns casos,
atingir também o fígado e o baço.
Em geral, a mononucleose infecciosa atinge adolescente e jovens adultos,
onde as chances de ter contato direto com os vírus são maiores.
Embora a maioria das pessoas provavelmente já teve contato com esse
vírus em alguma etapa da vida, muitas vezes não há a manifestação de sintomas.
As crianças são as que menos podem apresentar sintomas e, após a infecção, a
pessoa infectada permanece com o vírus inativo em seu corpo.
Após entender o que é mononucleose, é importante saber que a principal
forma de contágio acontece por meio do contato com a saliva. Porém, é
importante lembrar que a contaminação também ocorre pelo contato com as
gotículas respiratórias.
Assim, a proximidade e o contato com a fala, tosse ou espirro, além do
compartilhamento com talheres e copos de pessoas contaminadas, também os meios
de transmissão.
Ambientes com grande circulação de jovens, como festas, faculdades,
entre outros, também são locais que envolvem maiores riscos de transmissão da
mononucleose. Creches e escolas, onde bebês e crianças levam objetos à boca ou
os trocam entre si, também são ambientes propícios à contaminação pelo vírus.
Dessa forma, as pessoas infectadas devem se manter afastada das atividades
por cerca de 2 semanas para evitar espalhar a contaminação.
O período de incubação do vírus causador da mononucleose dura entre 20 a
50 dias. Já os principais sintomas se manifestam da seguinte maneira:
● placas
esbranquiçadas na região da boca, língua ou garganta;
● febre alta, dor de cabeça e dor de garganta
por cerca de duas semanas;
● mal-estar
e cansaço intenso entre duas a três semanas;
● sensação
de fadiga que pode durar meses;
●
surgimento de ínguas (caroços e inchaço) no pescoço.
No caso de complicações mais agudas, a mononucleose pode resultar em
inflamação no fígado e hipertrofia do baço conforme citado anteriormente.
Lembrando que, raramente, a mononucleose evolui para complicações mais graves
ou apresenta sequelas duradouras.
Apesar de não existir vacina contra mononucleose, algumas dicas podem
ajudar a prevenir a infecção. Confira algumas práticas a seguir.
MANTENHA BOAS PRÁTICAS DE HIGIENE
Lavar as mãos com frequência ou fazer o uso de álcool em gel para
higienizá-las é uma atitude simples que contribui para evitar o contágio com o
vírus.
EVITE CONTATO COM PESSOAS
COM CONTAMINADAS
Como a mononucleose é conhecida como doença do beijo, a dica é evitar
beijar ou manter a proximidade com pessoas que estejam infectadas para evitar o
contágio.
O mesmo acontece em caso de pessoas com quadros de resfriado,
apresentando sintomas como tosse ou espirro.
O compartilhamento de objetos contaminados facilita a transmissão do
vírus causador da mononucleose. Por esse motivo, é importante evitar usar fazer
o uso de talheres, copos e outros objetos que já foram usados por outras
pessoas.
Assim como não há uma vacina para a mononucleose, também não existe um
tratamento específico para a doença. Em geral, o corpo consegue combater o
vírus e se recupera totalmente em poucas semanas.
Nesse período, é possível recorrer a alguns métodos que contribuem para
o alívio dos sintomas provocados por essa infecção viral. O repouso e a hidratação são os primeiros cuidados para
garantir uma recuperação mais rápida.
O uso de analgésicos e antitérmicos também são indicados para o
tratamento, contribuindo para o alívio dos sintomas. Vale ressaltar que é
sempre importante consultar um médico para que o profissional
seja capaz de indicar o uso correto e seguro dos medicamentos.
Apesar de ser uma infecção com apelido popular, tenha sempre em mente
que se trata de uma infecção viral séria e que precisa receber os cuidados
adequados.
Com isso em mente, manter bons hábitos de higiene e evitar o contato próximo com pessoas infectadas são atitudes simples que fazem a diferença no dia a dia. Aproveite para conferir também quais outras infecções transmissíveis merecem sua atenção e saiba como se proteger no seu cotidiano.