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O que é placebo e como ele pode curar

Viver com Saúde

O que é placebo e como ele pode curar

Ao falar sobre medicamentos, diversas dúvidas podem surgir entre os profissionais da saúde e os pacientes. Por exemplo, entender o que é placebo e quais são, de fato, os efeitos que um fármaco apresenta estão entre as perguntas mais comuns nessa área.

No geral, tanto para os pacientes quanto para os profissionais, entender o que é e se o efeito placebo funciona faz toda a diferença. Desde tratamentos mais eficientes até a diminuição da automedicação podem ser vantagens a partir dessa compreensão.

Para saber mais sobre o assunto, acompanhe este post e entenda o que é placebo, como surgiu e como funciona esse fenômeno!

O que é placebo?

O placebo é um medicamento na forma igual a um fármaco real, porém, não conta com o princípio ativo que promove efeitos terapêuticos. Geralmente, é feito de pequenas doses de açúcar, amido ou ingredientes que não apresentam comprovação científica de eficácia ou prejuízo na saúde ao consumi-lo.

O objetivo do placebo é verificar se as propriedades de um medicamento são, de fato, terapêuticas ou se os resultados positivos encontrados são apenas coincidência. Nas pesquisas científicas, esse efeito é muito importante para a comprovação da eficácia de fármacos para os mais variados transtornos. Já na área clínica, ele tem uma forte influência no diagnóstico e no tratamento de um ou mais pacientes. 

Qual a história do efeito placebo?

O efeito placebo é o nome dado a resultados positivos na melhoria ou na cura de sintomas de alguma doença. Ou seja, quando um medicamento placebo apresenta resultados semelhantes a um fármaco com propriedades terapêuticas comprovadas para uma determinada patologia.

Esse termo começou a se popularizar no final do século XVIII e início do XIX, quando o médico John Haygarth fez um experimento sobre o efeito placebo. O objetivo do pesquisador era comprovar a falseabilidade dos resultados de um dos medicamentos vendidos na época, que não apresentava nenhum efeito terapêutico.

Ao longo do tempo, o efeito placebo começou a ser usado também de maneira a auxiliar na terapia. Durante a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, com recursos limitados de medicamentos, o médico Henry Beecher fez mais um experimento.

Nesse caso, Beecher aplicou uma solução de água e sal — mistura que não tem efeito analgésico comprovado — no lugar de morfina, em alguns soldados feridos que relatavam dor. Ao final do teste, o médico notou que cerca de 40% dos pacientes disseram que sentiram um alívio dos sintomas.

A partir dessas observações, o efeito placebo começou a ser observado como um método terapêutico complementar a terapias medicamentosas. Atualmente, esse fenômeno é estudado, principalmente, em analgésicos, medicamentos psicotrópicos e saúde mental.

O que faz um placebo funcionar?

Ao estudar a história do efeito placebo, é possível notar que não existem motivos farmacológicos que fazem com que uma solução aleatória apresente resultados benéficos no tratamento de um sintoma de doença ou lesão. Sendo assim, existem muitas questões sobre o que faz esse fenômeno funcionar.

O que se pressupõe, atualmente, é o efeito do poder da mente no corpo. Para exemplificar, é possível observar o comportamento das doenças psicossomáticas, que, de início, apresentam sintomas de sofrimento emocional irradiados para o corpo, indo além do estado psicológico.

Desse modo, pessoas com doenças psicossomáticas podem sentir dores no corpo, problemas gastrointestinais, transtornos cardiovasculares e diversos outros distúrbios na saúde física, causados inicialmente por um sintoma emocional.

Com base nisso, é possível projetar que o efeito placebo ocorre de maneira semelhante. Com a expectativa de um resultado, é possível provocar benefícios na saúde do corpo e da mente da mesma forma que pensamentos pessimistas sobre um tratamento podem interferir na eficácia do processo.

Por essa razão, conhecer esse efeito se torna importante para os profissionais e os pacientes. O placebo pode ser útil em casos de:

        depressão;

        problemas de sono;

        dores crônicas;

        transtorno de ansiedade;

        entre vários outros transtornos físicos e mentais.

Acreditar ajuda o placebo?

Com base nessas perspectivas, acreditar que um tratamento dará certo pode auxiliar no placebo. Ao consumir uma bala, pensando ser um calmante, é possível observar um alívio nas dores, por exemplo, ou tomar shot matinal para aumentar a imunidade.

Outro exemplo disso é quando um médico fornece uma lista de possíveis efeitos adversos de um fármaco ou tratamento. Ao ouvi-la, parte dos pacientes tendem a apresentar esses sintomas logo após começarem a tomar um medicamento placebo. 

Logo, tudo indica que a forma que uma pessoa acredita nas propriedades do que está consumindo tem influência nos efeitos que serão causados. No entanto, o placebo, por si só, não apresenta propriedades que podem tratar ou curar doenças.

Mas, afinal, o efeito placebo funciona?

O efeito placebo funciona em alguns casos, tanto de modo positivo quanto negativo. Por esse motivo, é importante estudar e conhecer melhor como esse fenômeno ocorre, a fim de utilizá-lo de maneira benéfica nos mais variados tratamentos de problemas de saúde.

É por conta da influência da crença no tratamento que os profissionais de saúde precisam investir em um atendimento humanizado e em uma linguagem positiva. Ao passar confiança aos pacientes sobre as chances de eficácia do procedimento, o processo terapêutico tende a ter mais resultados positivos.

O mesmo vale para os pacientes e familiares. A crença nas possíveis chances de sucesso de um tratamento pode ajudar a obter resultados positivos e a encontrar melhorias nos sintomas apresentados. Essa, inclusive, pode ser uma explicação para os vários milagres relatados na área de saúde, de casos que apresentavam pouquíssimas probabilidades de sucesso, mas ultrapassaram as expectativas.

Como visto, entender o que é placebo e quais são os efeitos desse fenômeno pode ser útil na área da saúde, uma vez que influencia o comportamento e a postura de um profissional diante de um caso.

Da mesma maneira, quando um paciente sabe o que é placebo e como as suas crenças podem ajudar no tratamento, é possível ter uma motivação extra para seguir as recomendações médicas e melhorar os cuidados com a saúde. Desse modo, é possível utilizar esse fenômeno como uma ferramenta que contribui para o sucesso dos mais variados casos.

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Conteúdo revisado pelo Conselho Técnico da Unimed Campinas.


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