Os pais de bebês e crianças pequenas, especialmente os de
primeira viagem, muitas vezes não estão familiarizados com a série de viroses
que podem acometê-los. Você sabe, por exemplo, o que é roséola?
Virose comum na infância, costuma assustar pais e
responsáveis por causar febre alta repentina que, depois, se transforma em
manchas avermelhadas na pele. Apesar de seu aspecto preocupante, no entanto,
trata-se de uma infecção leve e benigna. Leia o artigo para entender mais sobre
o assunto!
Também conhecida como exantema súbito ou sexta doença, a roséola é uma
infecção causada pelo vírus da Herpes tipo 6 (HHV-6) ou tipo 7 que afeta
principalmente bebês e crianças com até 3 anos. Sua transmissão ocorre através
do ar, pelas gotículas expelidas pela pessoa infectada. Quando o vírus alcançar
as superfícies da boca ou do nariz, ela pode contrair a doença.
Para adultos, a roséola não representa uma grande ameaça. Porém, pessoas
próximas ainda podem ser vetores da doença, transmitindo para a criança como
consequência do contato próximo. Por esse motivo, é importante tomar certos
cuidados, como o uso de máscaras e higienização adequada, especialmente se você
teve contato com uma pessoa infectada.
Como mencionamos, bebês e crianças pequenas têm a maior chance de
contrair essa infecção, já que seu sistema imunológico ainda está em
desenvolvimento. A maior parte dos casos ocorrem entre os 6 meses e os 2 anos
de idade.
Porém, também é comum que pessoas com imunidade comprometida também
sejam afetadas. É o caso de pessoas com HIV, pacientes em recuperação de
tratamentos agressivos como quimioterapia ou que utilizam medicamentos
imunossupressores.
O vírus da roséola pode ser transmitido facilmente de pessoa para
pessoa, independente da época do ano. Porém, as chances de contágio são maiores
durante a primavera e o outono. Nessas épocas, o ideal é que os pais tenham
cuidado redobrado ao levar a criança a certas áreas abertas, onde o vírus tem
maiores chances de se propagar.
Tão importante quanto entender o que é roséola é saber identificar seus
principais sintomas. O principal deles é a febre alta, que pode passar de 39º
em uma criança pequena.
Outros sinais mais discretos são:
●
aumento dos linfonodos;
●
dor de garganta;
●
irritação no estômago;
●
manchas vermelhas longas no corpo;
● perda
de apetite.
Esse vírus tem um tempo de incubação de 5 a 15 dias, quando o paciente
não manifesta sintomas. Em seguida, ocorre o período febril da doença, quando
os sintomas se tornam incômodos. Também é nesse ponto que uma pessoa tem maior
chance de transmitir a doença.
O diagnóstico da roséola, em geral, é realizado com base nos sinais e
sintomas apresentados pela criança. Como a febre aparece primeiro, a observação
atenta da ausência de inflamações em ouvido, garganta e pulmões limpos já é um
primeiro indício.
A virose, no entanto, costuma ser confirmada após o aparecimento das
manchas rosadas na pele, extremamente características da roséola.
Não costumam ser necessários exames laboratoriais. Em casos atípicos,
quando há dúvida em relação ao diagnóstico, pode ser quem o pediatra solicite
exames de sangue que descartem outras possíveis causas.
Atualmente, não existe um tratamento específico para o vírus da roséola.
Por esse motivo, o foco está na observação e na amenização dos sintomas, para
manter a criança confortável e evitar complicações.
O principal foco está no controle da febre, que é o sintoma mais grave.
Com hidratação adequada e medicamentos receitados
pelo pediatra, é possível manter a temperatura do corpo sob controle. Após
iniciado o tratamento, a maioria das crianças infectadas consegue se recuperar
em até uma semana.
Roséola não é uma doença grave. Seu tratamento é simples e o tempo de
recuperação é curto. Porém, como qualquer doença que atinge principalmente
crianças, ela requer atenção.
A maioria das infecções é benigna, com mínimo efeito no corpo a longo
prazo. O foco do tratamento está em controlar seus efeitos e prevenir
complicações. Casos mais graves, como os de convulsão febril, são raros.
Agora você entende melhor o que é roséola e como seus principais
efeitos. Se você tem filhos ou convive com crianças diariamente, é importante
prestar atenção nestes sintomas e garantir o tratamento adequado.
Como grande parte das viroses que aparecem na primeira infância, a
roséola não tem vacina. Mas a boa notícia é que, para várias outras doenças, os
imunizantes estão disponíveis e são fundamentais. Quer entender mais sobre o
assunto? Então leia também o nosso guia de vacinação infantil.