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Síndrome Hemofagocítica: Entenda Essa Doença Rara

Viver com Saúde

Síndrome Hemofagocítica: Entenda Essa Doença Rara

A busca por um estilo de vida mais saudável e o cuidado com o bem-estar são prioridades para muitas pessoas. No entanto, mesmo com uma rotina de prevenção, é importante estar atento aos sinais que o corpo emite. Algumas condições de saúde são raras e pouco conhecidas, o que pode gerar dúvidas e preocupações. Uma delas é a síndrome hemofagocítica. 

Embora o nome possa parecer complexo, entender do que se trata é o primeiro passo para um diagnóstico rápido e um tratamento eficaz. Trata-se de uma condição séria, mas com o acompanhamento médico adequado, é possível controlar seus efeitos e tratar suas causas. Continue a leitura para compreender o que é essa síndrome, suas causas, sintomas e os tratamentos disponíveis. 

O QUE É SÍNDROME HEMOFAGOCÍTICA 

A síndrome hemofagocítica, também conhecida como linfo-histiocitose hemofagocítica (LHH), é uma condição rara e grave caracterizada por uma resposta imunológica excessiva e desregulada. Em vez de apenas combater agentes infecciosos, o sistema de defesa do corpo começa a atacar as próprias células sanguíneas saudáveis. 

Essa reação inflamatória descontrolada pode afetar diversos órgãos, como o fígado, o baço e o cérebro, levando a complicações sérias se não for tratada a tempo. A condição pode se manifestar de duas formas principais: 

  • primária (genética): é a forma hereditária da doença, causada por mutações genéticas. Geralmente, se manifesta em bebês e crianças pequenas; 

  • secundária (adquirida): esta forma pode se desenvolver em qualquer idade e é desencadeada por outra condição médica, como infecções, doenças autoimunes ou até mesmo alguns tipos de câncer. 

CAUSAS DA SÍNDROME HEMOFAGOCÍTICA 

As causas da síndrome hemofagocítica variam conforme sua classificação. Entender a origem do problema é fundamental para definir a melhor abordagem de tratamento. 

As causas genéticas estão relacionadas a mutações hereditárias que afetam o funcionamento de células do sistema imunológico. Já as causas secundárias, mais comuns, funcionam como um "gatilho" para a reação inflamatória descontrolada. Entre os principais fatores de risco estão: 

  • infecções: especialmente as virais, como a causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV), citomegalovírus (CMV), HIV e outros. Infecções bacterianas e fúngicas também podem ser um gatilho; 

  • doenças autoimunes: condições em que o sistema imunológico já ataca o próprio corpo, como lúpus e artrite reumatoide, podem aumentar o risco de desenvolver a síndrome. Para entender melhor, veja o que são doenças autoimunes; 

SINTOMAS DA SÍNDROME HEMOFAGOCÍTICA 

Os sintomas da síndrome hemofagocítica podem ser confundidos com os de outras doenças mais comuns, o que reforça a importância da avaliação médica. Ficar atento à persistência e à combinação de alguns sinais é crucial. Os principais incluem: 

  • aumento do fígado e do baço (hepatoesplenomegalia): o médico pode detectar essa alteração durante o exame físico; 

  • linfonodos inchados: gânglios aumentados no pescoço, axilas ou virilha; 

  • queda nas células do sangue: exames laboratoriais podem mostrar anemia (glóbulos vermelhos baixos), leucopenia (glóbulos brancos baixos) e plaquetopenia (plaquetas baixas); 

  • sintomas neurológicos: em casos mais graves, podem ocorrer irritabilidade, convulsões e outros sinais de encefalopatia. 

COMO A SÍNDROME HEMOFAGOCÍTICA É DIAGNOSTICADA?  

O diagnóstico da síndrome hemofagocítica pode ser desafiador devido à semelhança dos sintomas com outras condições. Por isso, a investigação médica detalhada é indispensável. O diagnóstico precoce é vital para evitar complicações que podem ser fatais. 

O processo geralmente envolve: 

  • exames laboratoriais: o hemograma completo é um dos primeiros passos para verificar a contagem de células sanguíneas. Outros exames importantes medem os níveis de ferritina, triglicerídeos e fibrinogênio no sangue; 

  • biópsia da medula óssea: este exame é fundamental para confirmar o diagnóstico. Uma amostra da medula óssea é analisada no microscópio para detectar a presença de hemofagocitose, que é quando células de defesa "engolem" outras células sanguíneas; 

  • exames de imagem: ultrassonografia ou tomografia computadorizada podem ser solicitadas para avaliar o tamanho do fígado e do baço. 

COMO É FEITO O TRATAMENTO DA SÍNDROME HEMOFAGOCÍTICA? 

O tratamento para a síndrome hemofagocítica deve ser iniciado rapidamente após o diagnóstico e tem como objetivo principal controlar a resposta inflamatória exacerbada e tratar a causa base da doença. O acompanhamento é feito por uma equipe multidisciplinar em ambiente hospitalar intensivo. 

As principais abordagens terapêuticas incluem: 

  • terapia imunossupressora: são utilizados medicamentos para suprimir o sistema imunológico hiperativo. As opções incluem corticosteroides, imunoglobulina e, em alguns casos, quimioterapia em doses mais leves; 

  • rratamento da causa de base: se a síndrome for secundária, é crucial tratar o que a desencadeou. Isso pode envolver o uso de antivirais para uma infecção, por exemplo, ou o tratamento específico para um câncer ou doença autoimune; 

  • transplante de medula óssea: para os casos de origem genética (primária) ou em situações graves e recorrentes da forma secundária, o transplante de medula óssea pode ser a única opção curativa. 

A jornada de tratamento da síndrome hemofagocítica é complexa e exige suporte contínuo. Como uma das opções de tratamento é o transplante de medula, convidamos você a se aprofundar no assunto. Leia nosso artigo específico e entenda como funciona o transplante de medula. 

 

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