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Confira guia completo sobre rótulos de alimentos

Cuidado Contínuo

Confira guia completo sobre rótulos de alimentos

Ler o rótulo de alimentos não é uma prática muito comum na vida dos brasileiros. É o que mostrou uma pesquisa realizada pelo Datafolha, que constatou que 48% dos entrevistados não têm esse hábito. Além disso, dos 52% que o fazem, 35% entendem parcialmente o que está escrito, enquanto apenas 14% compreendem completamente.

No entanto, dados mostram que os casos de alergia e intolerância alimentar têm aumentado em todo o mundo. Tais problemas podem acorrer ao se provar uma comida ou bebida que contenha algum alimento irreconhecível para seu organismo.

Mas a importância de entender os rótulos vai além das restrições. Conhecer suas particularidades também pode ajudar quem está dando os primeiros passos em uma rotina mais saudável e deseja saber, por exemplo, qual é o nível de carboidratos e gorduras de um produto, bem como sua quantidade de fibras e sódio.

Em resumo, é importante para todo mundo que reconhece o hábito de se alimentar bem como uma prioridade. Se você faz parte desse público, aproveite este artigo e tire todas as suas dúvidas sobre os rótulos de alimentos!

O que é o rótulo de alimento?

O rótulo de alimento é caracterizado pelas informações contidas na embalagem de comidas ou bebidas. Essa prática é obrigatória, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e tem diversas regras norteando sua apresentação.

A tabela, que abrange o valor nutricional, com as quantidades de carboidratos, gorduras, fibras e outros elementos, é acompanhada da lista de ingredientes, que são listados em ordem decrescente, conforme sua quantidade. Vale destacar que essa norma não vale só para alimentos, mas também para cosméticos.

Se as normas não forem cumpridas, a empresa pode sofrer punições, como multas, apreensão de produtos, suspensão de vendas e até mesmo cancelamento do registro do item. As irregularidades estão previstas na Lei n. 6.437/77.

Quais informações não podem faltar no rótulo de alimentos?

De acordo com a Anvisa, essa obrigatoriedade é válida para todos os alimentos e bebidas que são embalados na ausência do cliente. Entretanto, alguns exemplos fogem da rotulagem tradicional, como:

        Bebidas alcoólicas;

        Especiarias (temperos);

        Sal;

        Produtos vendidos em fração ou fatiados, como o queijo;

        Frutas;

        Vegetais;

        Carnes in natura;

        Refrigerados/congelados;

        Água mineral.

Já para os que precisam seguir o padrão, a lista começa pelos ingredientes.

Lista de ingredientes

Na lista de ingredientes, o primeiro a aparecer é o principal, ou seja, o que está em maior quantidade no produto, assim como o último é o que se apresenta em menor quantidade. Quanto maior a lista, maior a quantidade de aditivos e, consequentemente, menos indicado é o seu consumo.

O consumidor deve ter o olho preparado para ler a lista antes de colocar o produto no carrinho do supermercado. Alguns ingredientes, como o açúcar, ganham nomes diferentes. É possível encontrá-lo descrito como: xarope de milho, frutose, maltose, dextroseousacarose. Para diabéticos, por exemplo, é indispensável conseguir reconhecer quais são os tipos a fim de comprar alimentos que possam ser incluídos na dieta.

Prazo de validade

Os alimentos têm prazo de validade para serem consumidos. A data indica que, até aquele dia, é seguro consumi-lo. Posteriormente, o fabricante não se responsabiliza caso algum dano seja gerado ao comprador.

Geralmente, produtos com prazo próximo de vencimento são encontrados em promoção nos supermercados e mercearias. É essencial que o consumidor fique de olho nessa data para não ser enganado!

Origem

Outra informação relevante e obrigatória segundo a Anvisa é onde o produto foi produzido e qual é a empresa responsável pela sua fabricação. Assim, caso o comprador tenha algum problema, ele saberá quem sinalizar por meio do rótulo.

Lote

Já reparou que quando há um processo de recall todos os produtos do lote saem da prateleira? O lote é o número que identifica o controle da produção. Ele serve, principalmente, para os setores internos de fabricação.

Informação nutricional

Também conhecida como tabela nutricional, é nela que o consumidor encontra, de acordo com a porção, a quantidade de carboidratos, gorduras, fibras, sódio, entre outros elementos do produto adquirido. Essa é uma das informações mais importantes no rótulo de alimentos e vale a pena aprofundar os conhecimentos sobre ela.

Como entender a tabela nutricional?

O primeiro dado da tabela se refere à porção. Ao comprar uma caixa de leite de 1L, por exemplo, é provável que as informações sejam referentes a 200 ml, que é uma porção média. Em seguida, vem o valor energético.

Valor energético

O valor energético é a quantidade de calorias, que se refere à energia que os carboidratos, proteínas e gorduras geram para o organismo. Na tabela, essa quantia é expressa como quilocalorias e quilojoules (kcal e kJ, respectivamente).

Os carboidratos, proteínas e gorduras são grupos de alimentos. Cada um fornece uma quantidade de energia diferente, sendo o primeiro e o último os principais responsáveis pelo fornecimento de energia do corpo. É por isso que quem faz exercício de força, como musculação, e segue uma dieta de ganho de massa, capricha no carboidrato e na proteína (além de essa última facilitar ainda mais o ganho muscular).

A recomendação diária presente nas tabelas é de 2000 kcal, porém, essa média varia bastante. Cada indivíduo tem necessidades específicas e que, se possível, devem ser avaliadas por um nutricionista. Um adolescente de 16 anos não deve ter a mesma rotina alimentar que uma mãe que amamenta, por exemplo. Logo, o valor de 2000 kcal é apenas uma média.

Carboidratos

Durante muito tempo, esse grupo foi visto como vilão da alimentação, ainda sendo considerado por alguns cujo objetivo é perder peso, mas não é bem assim. Os carboidratos são essenciais para a geração de energia do corpo e para mantê-lo saudável. A grande questão gira em torno das fontes escolhidas, isto é, do tipo de carboidrato que vai ser consumido.

O melhor tipo é o carboidrato complexo, que é nutritivo e digerido lentamente, provocando a sensação de saciedade e evitando picos de insulina. Ele é encontrado na batata-doce, no feijão e na aveia. Já os carboidratos simples são encontrados no pão, no arroz branco e no macarrão, sem mencionar as opções ultraprocessadas.

O rótulo deve apresentar a quantidade total de carboidratos da porção, em especial os açúcares. Dependendo do produto, eles representam a maior parte.

Proteínas

Para se ter uma noção de como a proteína é importante, saiba que ela é o composto que ajuda na contração dos músculos, coagulação do sangue e funcionamento da visão, além de ser uma grande aliada do sistema imunológico.

Ela deve compor de 10% a 35% da nossa alimentação diária. Sua origem pode ser tanto vegetal quanto animal, sendo as vegetais, em suma, mais saudáveis, embora a outra fonte seja mais abundante.

Gorduras totais

A seção de gorduras totais abrange todos os tipos de gordura presentes em uma porção do alimento, ou seja, inclui as gorduras saturadas, poli-insaturadas e as temidas gorduras trans. Entre essas, a mais saudável é a poli-insaturada, encontrada nos ovos, na castanha e na sardinha.

Já as gorduras saturadas e gorduras trans não são saudáveis para o organismo. Logo, é a essas quantidades que o consumidor deve estar atento. Elas contribuem para o aumento do colesterol ruim (LDL), favorecendo o aparecimento de doenças cardíacas. O consumo diário recomendado é de 55 g.

Vale a pena citar que as gorduras mais saudáveis e bem reconhecidas pelo organismo são as monoinsaturadas. Elas ajudam a equilibrar o colesterol e estão presente no azeite, no abacate e no amendoim.

Fibras

Não tem como ouvir falar em fibras e não pensar no intestino, que é o principal órgão beneficiado por elas, mas é preciso enfatizar que elas não são benéficas apenas para regulá-lo. As fibras são grandes aliadas dos diabéticos, por exemplo, pois retardam a liberação da insulina, fazendo com que não haja um pico e que o açúcar seja processado lentamente.

Nesse caso, seu papel é similar ao da proteína, sendo essa combinação excelente para a boa saúde, em especial para quem deseja emagrecer, visto que quanto mais proteína e fibra você coloca no seu prato, mais tempo vai passar saciado.

O que não se sabe muito sobre a fibra é que ela é um tipo de carboidrato! Está vendo como eles não são vilões? E o que também se fala pouco a seu respeito: o corpo demora mais para processá-la, porque sequer é capaz de digeri-la. Então, ela chega intacta ao intestino. Chegando lá, elas são fermentadas e cumprem sua finalidade.

Ela é excelente para os hipertensos. Seu consumo equilibrado permite baixar a pressão arterial, reduzir inflamações e melhorar os níveis de gordura no sangue. Na hora de ler o rótulo, preste bastante atenção na quantidade de fibra alimentar. Ela é encontrada em alimentos como chia, linhaça, feijão e lentilha.

Sódio

Assim como o carboidrato, o sódio não faz mal, mas deve-se evitar o excesso. Uma deficiência desse mineral pode causar má absorção intestinal, apatia e até taquicardia, além de possíveis distúrbios na tireoide por causa do iodo presente no sal de cozinha.

Todavia, seu consumo excessivo também afeta os rins e o coração. Os rins podem ficar inflamados com a grande quantidade do mineral, enquanto o coração, quando afetado, sofre impactos na pressão arterial, que sobe rapidamente.

Em geral, os alimentos processados têm uma quantidade considerável de sódio e por isso recomenda-se cautela em seu consumo. O equilíbrio é o melhor amigo da saúde. O consumo diário não deve passar de 5 g.

Aditivos

Para finalizar a leitura do rótulo, vale a pena destacar a presença dos aditivos. Eles são adicionados aos produtos com diversas finalidades, como conservá-los e manter sua frescura, sabor e segurança. No entanto, quanto maior a lista de aditivos de um produto, mais a empresa responsável por sua fabricação o processou — e esse é um mau sinal.

O corante, por exemplo, é um tipo de aditivo associado ao surgimento de alergias. Existe a classe dos edulcorantes, que são substâncias usadas para substituir o açúcar nos alimentos, como a stevia (que, inclusive, é uma boa substituição).

Por último, há o grupo dos conservantes, que ajudam a prolongar a “vida útil” do produto, aumentando seu prazo de validade. Eles também têm potencial de causar alergias com o consumo a longo prazo, portanto, fique de olho ao encontrá-los nos rótulos de alimentos.

Por que é importante entender o rótulo de alimentos?

A alimentação é a principal responsável pela nutrição do nosso organismo e, consequentemente, da manutenção de suas atividades. Dessa forma, fazer escolhas inteligentes é essencial para cuidar de si e praticar a medicina preventiva, evitando doenças e investindo no seu bem-estar.

Essas escolhas inteligentes incluem ler o rótulo dos alimentos e, principalmente, entender o que representam. No final de 2022, a Anvisa realizou algumas mudanças na rotulagem, exigindo que as empresas coloquem um selo de aviso quando o produto tiver um índice alto de açúcar, gordura ou sódio.

No Chile, onde a norma foi estabelecida antes, viu-se um retorno positivo não só da sociedade, mas também das fabricantes. Segundo o The Lancet, foi reduzido o consumo de 23,8% dos itens altamente calóricos, 26,7% dos ricos em açúcar e 36,7% dos ricos em sódio. Respondendo à mudança de comportamento da população, a indústria alimentícia do país reformulou cerca de 20% dos produtos comercializados.

Há possibilidade de ver resultados semelhantes no Brasil, onde cerca de 7 milhões de pessoas apresentam um quadro de obesidade, segundo o Ministério da Saúde. A mudança na alimentação, com a inclusão de mais alimentos frescos, frutas, verduras, legumes, oleaginosas e hortaliças, e a redução significativa de itens processados são a saída mais promissora para diminuir não só esse índice, mas boa parte das doenças crônicas.

A prática de atividade física também possibilita um estilo de vida mais saudável. Combinada com uma dieta equilibrada, é capaz de aumentar significativamente a qualidade de vida e a longevidade.

O hábito de ler o rótulo de alimentos começa como qualquer outro. Que tal começar na próxima ida ao supermercado? Você ainda pode compartilhar a ideia com a família e seus amigos, ampliando o conhecimento deles e ajudando muita gente a se tornar mais saudável. A busca por uma vida melhor depende de pequenos passos como esse.

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Conteúdo revisado pela equipe de Medicina Preventiva da Unimed Campinas.

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