CRENÇAS LIMITANTES: O QUE SÃO E COMO SUPERAR
Você já
sentiu que, por mais que se esforce, algo sempre impede seu progresso pessoal
ou profissional?
Muitas vezes,
a origem desse bloqueio está em pensamentos que nem percebemos que temos. São
as chamadas crenças limitantes, verdadeiras âncoras que nos impedem de alcançar
nosso potencial.
Entender como elas funcionam é o
primeiro passo para se libertar e construir uma vida mais plena e saudável.
Nesse artigo, você vai descobrir o
que são as crenças limitantes, como elas surgem, de que forma impactam sua vida
e, principalmente, como superá-las com estratégias práticas.
O QUE SÃO
CRENÇAS LIMITANTES?
As crenças
limitantes são pensamentos e interpretações que internalizamos como verdades
absolutas sobre nós mesmos, os outros e o mundo.
Elas agem
como “lentes” distorcidas, criando uma percepção negativa que nos sabota e gera
barreiras onde não necessariamente existem. Além disso, têm caráter totalizante
e hiperbólico: costumam vir associadas a ideias exageradas e pensamentos que
envolvem “sempre”, “nunca”, “nenhuma vez” ou “todas as vezes”.
Exemplos
comuns incluem frases como “não sou bom o suficiente para essa promoção”, “é
tarde demais para mudar de carreira” ou “nunca vou conseguir ter um
relacionamento saudável”.
Geralmente,
essas crenças surgem durante a infância, a partir de experiências e falas de
pessoas próximas e importantes na vida da criança, e se reforçam ao longo da
vida pela repetição.
COMO AS
CRENÇAS LIMITANTES SURGEM E SE REFORÇAM
A origem
dessas crenças está frequentemente ligada às nossas primeiras experiências na
família, na escola e no ambiente cultural em que crescemos.
Críticas
constantes, comparações ou a superproteção podem plantar sementes de
insegurança. Com o tempo, o viés de confirmação, a tendência de buscar e
interpretar apenas informações que confirmam o que já acreditamos, intensifica
essas ideias.
Se você
acredita que não é criativo, por exemplo, vai se lembrar de todas às vezes em
que uma ideia sua não foi aceita, ignorando os momentos em que foi elogiado.
Esse ciclo pode levar a comportamentos de autossabotagem, prejudicando seus
objetivos e seu bem-estar.
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ESTRATÉGIAS PRÁTICAS PARA SUPERAR CRENÇAS LIMITANTES
Felizmente, é
possível reverter esse quadro. Mudar padrões de pensamento exige esforço, mas
algumas técnicas são muito eficazes:
●
identificar
crenças negativas: o primeiro passo é a consciência. Preste atenção aos
seus pensamentos automáticos diante de desafios. Anote as ideias negativas que
surgem com frequência;
●
desafiar
e reestruturar: questione a validade dessas crenças. Pergunte-se: “Qual é a
evidência real de que isso é verdade?”. Depois, procure por provas que
contradigam essa ideia;
●
substituir
por afirmações positivas: crie frases que reforcem uma visão positiva e
realista sobre você. Em vez de “não consigo”, tente “estou aprendendo a fazer
isso e sou capaz de melhorar”. A prática da assertividade pode fortalecer essa nova postura;
●
agir
apesar do medo: a inércia alimenta as crenças negativas. Dê pequenos passos
na direção contrária ao que sua crença limitante diz. Cada pequena vitória
ajuda a construir uma nova percepção sobre suas capacidades;
●
praticar
autocompaixão: trate-se com a mesma gentileza que trataria um amigo.
Acolher suas falhas e dificuldades sem julgamento é fundamental para ter uma boa autoestima;
●
adotar
mentalidade de crescimento: entenda que habilidades e inteligência podem
ser desenvolvidas. Encare desafios como oportunidades de aprendizado, não como
testes de suas capacidades inatas.
Se precisar de ajuda para
desenvolver essa e outras competências, veja como melhorar a inteligência emocional.
QUANDO
BUSCAR AJUDA PROFISSIONAL
Se as crenças
limitantes causam sofrimento intenso, como crises de ansiedade, baixa
autoestima persistente ou a sensação de fraude, conhecida como síndrome do impostor, a ajuda de um psicólogo
pode ser fundamental.
Comportamentos o excesso de autocrítica podem estar ligados a crenças limitantes que você nem percebe. Saiba como identificar a autossabotagem e como cuidar melhor da sua saúde emocional.