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Seletividade Alimentar: O Que É e Como Lidar com o Problema

Viver com Saúde

Seletividade Alimentar: O Que É e Como Lidar com o Problema

SELETIVIDADE ALIMENTAR: O QUE É E COMO LIDAR COM O PROBLEMA 

A hora da refeição deveria ser um momento de prazer e nutrição mas, para algumas pessoas, pode se transformar em um campo de batalha. A recusa em experimentar novos alimentos ou a aceitação de um cardápio extremamente limitado é um desafio comum, mas quando esse comportamento se torna persistente e intenso, é possível que haja um quadro de seletividade alimentar.

Para pais preocupados com o desenvolvimento dos filhos ou adultos que percebem suas próprias restrições alimentares como um obstáculo, entender esse problema é o primeiro passo. Longe de ser apenas "frescura", a seletividade alimentar é uma condição que merece atenção e cuidado, pois pode impactar a saúde física e emocional em todas as fases da vida. Leia o artigo e entenda mais sobre o assunto!

O QUE É SELETIVIDADE ALIMENTAR?

A seletividade alimentar é definida como um comportamento de recusa alimentar, no qual uma pessoa consome uma variedade muito limitada de alimentos e resiste fortemente a experimentar novos. Diferente de uma fase passageira comum na infância, essa condição é mais rígida e duradoura. Não se trata de uma simples preferência, mas de uma aversão que pode estar ligada a características sensoriais como textura, cor, cheiro ou sabor dos alimentos.

É fundamental diferenciar a seletividade alimentar da "frescura". Enquanto a segunda é geralmente uma fase de desenvolvimento sem grandes impactos nutricionais, a primeira pode levar a deficiências e requer uma abordagem mais cuidadosa. Em alguns casos, a seletividade alimentar pode estar, inclusive, associada a condições clínicas, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), que afetam o processamento sensorial.

COMO A SELETIVIDADE ALIMENTAR SE MANIFESTA EM DIFERENTES FASES DA VIDA

A forma como a restrição alimentar aparece pode mudar com o tempo. Entenda as características em cada fase:

CRIANÇAS 

Nesta fase, a seletividade é marcada pela forte resistência a experimentar novos alimentos. É comum a rejeição baseada em características específicas, como a recusa de tudo que é verde, de alimentos com texturas moles ou de cheiros mais fortes.

ADOLESCENTES 

Na adolescência, as escolhas restritas podem estar ligadas a um novo estilo de vida, como a adesão a dietas da moda sem acompanhamento. A influência de amigos e questões emocionais, como ansiedade e a busca por aceitação social, também desempenham um papel importante.

ADULTOS 

Muitos adultos com seletividade alimentar mantêm os hábitos restritivos que desenvolveram na infância. Outros podem desenvolver o problema mais tarde, como consequência de fatores psicológicos, como estresse e ansiedade, ou por condições de saúde que alteram a relação com a comida.

IDOSOS 

Na terceira idade, a seletividade pode surgir devido a alterações no paladar e olfato, dificuldades de mastigação e deglutição, ou como efeito colateral do uso de certos medicamentos.

POSSÍVEIS CAUSAS DA SELETIVIDADE ALIMENTAR

As raízes da seletividade alimentar são diversas e, muitas vezes, multifatoriais. As principais incluem:

     aspectos sensoriais: hipersensibilidade a texturas, sabores, cheiros e temperaturas;

     experiências negativas no passado: Um episódio de engasgo, vômito ou ter sido forçado a comer algo pode criar uma associação negativa duradoura;

     questões emocionais e psicológicas: podem influenciar diretamente a forma como nos relacionamos com a alimentação. Para algumas pessoas, a comida pode se tornar uma forma de controle excessivo (quando há restrição rígida e constante) ou de descontrole, funcionando como uma válvula de escape diante da ansiedade, do estresse ou da depressão. Se você percebe que a saúde mental está impactando seus hábitos, entender quando procurar um psicólogo pode ser um passo importante;

     condições de saúde: transtornos como TEA e TDAH, além de condições como disfagia (dificuldade de engolir) ou alterações do paladar, são causas comuns;

     influência cultural e social: o ambiente familiar e os hábitos alimentares do grupo social em que a pessoa está inserida podem reforçar ou limitar a variedade do cardápio.

QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS DA SELETIVIDADE ALIMENTAR

Um cardápio restrito pode trazer diversos prejuízos para a saúde e o bem-estar. Entre as principais consequências, estão:

     deficiências nutricionais: a baixa variedade de alimentos pode levar à falta de vitaminas, minerais e fibras essenciais para o bom funcionamento do corpo. Conhecer os alimentos ricos em vitaminas e minerais é fundamental para uma dieta equilibrada;

     problemas de saúde a longo prazo: a má nutrição pode contribuir para o desenvolvimento de condições como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, além de causar um enfraquecimento do sistema imunológico;

     impactos emocionais e sociais: a dificuldade em comer pode gerar vergonha e ansiedade, fazendo com que a pessoa evite eventos sociais que envolvam comida, como festas e jantares, levando ao isolamento.

ESTRATÉGIAS PRÁTICAS PARA LIDAR COM A SELETIVIDADE ALIMENTAR

Enfrentar a seletividade alimentar exige paciência e uma abordagem gentil. Algumas estratégias podem ajudar:

     introdução gradual de novos alimentos: apresente novos itens em pequenas quantidades, sem pressão, junto com outros alimentos que a pessoa já aceita;

     experimentar diferentes formas de preparo: um alimento que é rejeitado cozido pode ser aceito assado, grelhado ou em forma de purê;

     estímulo à experimentação consciente (mindful eating): incentive a pessoa a prestar atenção nas características do alimento (cheiro, textura, som ao morder) de forma curiosa e sem julgamento;

     participação ativa no processo: envolver a pessoa na escolha dos alimentos no mercado e no preparo das refeições pode despertar o interesse e a aceitação;

     reeducação alimentar com orientação profissional: contar com ajuda especializada é o caminho mais seguro para expandir o cardápio e garantir uma alimentação saudável e equilibrada.

QUANDO PROCURAR AJUDA ESPECIALIZADA

Se a seletividade alimentar está causando perda de peso, deficiências nutricionais, ou grande estresse e ansiedade, é hora de buscar ajuda. Uma equipe multidisciplinar pode ser necessária, incluindo o papel do nutricionista para montar um plano alimentar, do psicólogo para tratar questões emocionais, do fonoaudiólogo para dificuldades de deglutição e de médicos para investigar causas clínicas.

O suporte profissional é essencial para lidar com a seletividade alimentar de forma eficaz, garantindo saúde e qualidade de vida. Se você reconhece a necessidade de um acompanhamento nutricional, o próximo passo pode ser entender melhor o trabalho desse especialista.

Quer saber mais sobre como um profissional pode te ajudar? Leia nosso artigo e descubra quando procurar um nutricionista.

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