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Tudo sobre enxaqueca: o que é, causas, sintomas e como tratar conforme especialistas

Viver com Saúde

Tudo sobre enxaqueca: o que é, causas, sintomas e como tratar conforme especialistas

Se você já se perguntou o que é bom para enxaqueca, é porque provavelmente tem lidado mais do que gostaria com ela. Esse problema atinge cerca de 140 milhões de pessoas só no nosso país, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia. A OMS a destaca como a sexta doença mais incapacitante do mundo.

O pior é que, quando essa incômoda e recorrente dor de cabeça aparece, além de causar um desconforto físico, ela bagunça completamente a sua rotina, deixando você menos sociável e com zero produtividade, não é mesmo?

Listamos informações importantes neste post, para sanar as suas dúvidas sobre o que é a enxaqueca, por que ela aparece e como tratá-la. Continue lendo e saiba mais sobre o assunto!

O que é enxaqueca? 

De maneira simplificada, a enxaqueca nada mais é do que uma dor de cabeça. Contudo, ela tem algumas características bem marcantes, como o fato de ser sentida em só um lado da face (o direito ou o esquerdo). Além disso, ela é facilmente descrita como uma dor que lateja continuamente.

Quem passa por um episódio de enxaqueca costuma ter outros sintomas ativos. A pessoa pode apresentar uma hipersensibilidade sensorial, por exemplo, o que torna odores, ruídos e até mesmo a claridade desconfortáveis e irritantes enquanto dura o episódio de enxaqueca.

Vale mencionar que, em casos mais severos de enxaqueca, o indivíduo pode ter enjoos, pontos esbranquiçados na visão, desorientação e dificuldade para se comunicar.

Quais são os sintomas da enxaqueca?

Para diferenciar a enxaqueca de um episódio simples de dor de cabeça, basta lembrar que a primeira, geralmente, está associada a outros sintomas, como os apontados no tópico anterior. Agora, vamos entender como se dá essa relação.

Sensibilidade à luz

A enxaqueca é um problema complexo de tratar, porque há mais de 100 tipos de quadros clínicos diferentes. Inclusive, parte deles está associado ao sistema visual, ou seja, à visão. Vinte anos atrás, foi descoberto que uma das células da retina está envolvida nos mecanismos de gatilho.

Uma crise pode ser desencadeada a partir da percepção de uma aura luminosa e tem a ver com um mau funcionamento da célula mencionada no último parágrafo. Uma de suas funções é auxiliar nossa visão a se adaptar à quantidade de luz e, quando esse processo não acontece como deveria, temos um caso de hipersensibilidade, também conhecido como fotofobia.

Portanto, o ideal é que a pessoa evite sair de casa durante o dia ou início da tarde, quando a luz solar é mais intensa. Se não tiver essa opção, é necessário optar por óculos escuros, bonés ou chapéus que ajudem a reduzir a incidência da luminosidade no rosto. Ficar no celular ou assistir TV por muito tempo também dificulta a melhora da dor.

Sensibilidade ao som

Se com dor de cabeça o barulho incomoda, imagina com enxaqueca? A falta fluxo sanguíneo nas células ciliadas da cóclea, um canal que fica dentro do ouvido interno, durante as crises, o que pode levar à perda auditiva neurossensorial, o tipo mais comum, que é, inclusive, tratado com aparelhos auditivos.

Sensibilidade olfativa

Não é só a visão e a audição que precisam de cuidados. Quem tem enxaqueca também tem um nariz mais sensível. Assim como o som e a luz, é difícil de evitar situações incômodas por completo, pois, em qualquer circunstância, é possível se deparar com uma experiência que vai testar seus sentidos.

Ao pegar o elevador, por exemplo, pode ser que o perfume de alguém desencadeie uma crise. Uma dica para lidar com essas situações é carregar consigo um sachê de pó de café. Ele ajuda a disfarçar outros cheiros e afastar a ameaça.

Irritabilidade

Sentir dor reduz a paciência de qualquer pessoa. Com a cabeça pesada, quem tem enxaqueca se irrita com mais facilidade, muitas vezes, sendo confundido com alguém mal-humorado ou de pavio curto. Porém, no fundo, trata-se de um agravante da crise, porque, as oscilações de humor e o próprio estresse são capazes de causar um episódio de enxaqueca. Logo, não são apenas um sintoma, mas um gatilho que pode prorrogar o desconforto.

Dor de um lado da cabeça

Uma dúvida comum de quem sofre com esse mal é: por que dói mais de um lado? Não existe um motivo específico para isso, mas esse sintoma é o que facilita o diagnóstico, representando uma das maneiras mais simples de identificar quando se trata de uma dor de cabeça normal, ou seja, uma cefaleia, ou um caso de enxaqueca.

Qual é a diferença entre enxaqueca e dor de cabeça?

"Se enxaqueca também é dor de cabeça, então, o que diferencia uma e outra?", você deve estar se questionando. A dor de cabeça é uma cefaleia pontual e de curta duração, que ocorre por fatores orgânicos e, acima de tudo, ambientais. Todos estamos sujeitos a tê-la em algum momento da vida.

A enxaqueca, por outro lado, é uma cefaleia de origem neurológica, recorrente na rotina da pessoa. Justamente por ser um quadro repetitivo e que traz outros sintomas em conjunto, ela se torna, por si só, um problema crônico de saúde — por isso, demanda cuidados, tratamento personalizado e acompanhamento médico.

Quais são as principais causas da enxaqueca? 

A enxaqueca não tem uma causa única, como acontece, por exemplo, com uma doença causada por um vírus ou uma bactéria. Entende-se, atualmente, que ela pode ser desencadeada por distúrbios neuronais e predisposição genética, como destacado em estudo publicado na Revista Portuguesa de Clínica Geral.

Além disso, múltiplos fatores ambientais estão envolvidos, de forma isolada ou combinada, no aparecimento da enxaqueca — como estresse e ansiedade, Síndrome de Burnout, alimentação pobre em nutrientes, períodos longos sem beber água e se alimentar, sedentarismo, tempo diário de sono insuficiente etc.

Como tratar a enxaqueca, segundo especialistas?

A enxaqueca tem causas multifatoriais. Alterações hormonais, jejum prolongado, abuso de medicamentos e uma alimentação desequilibrada são alguns dos motivos que podem provocar uma crise. Por isso, às vezes, é necessário que mais de um profissional acompanhe o paciente para que o tratamento seja eficiente e mais: seja aplicado de forma preventiva e não apenas para remediar a dor.

Veja a seguir algumas dicas apontadas por especialistas de como tratar a enxaqueca.

Alimente-se bem e hidrate o corpo

É comum que, por estar indisposta, a pessoa recuse a se alimentar ou sequer sinta fome. Mas muitas dores são amenizadas com a ajuda dos alimentos, que, principalmente nesse momento, atuam ajudando o corpo a combater inflamações e restaurar seu bem-estar.

Para começar, elimine da dieta os produtos cafeinados, alcoólicos e gordurosos. No café da manhã, inclua fontes de fibra, como a semente de linhaça. Os alimentos ricos em selênio são excelentes para reduzir o estresse, e é possível aproveitar esses benefícios ao ingerir amendoim e castanhas. Por fim, lembre-se do triptofano, um aminoácido essencial para dormir bem e se manter disposto. Ele está presente no feijão, no cacau e na banana.

Registre os sintomas

Para que o especialista consiga passar remédios eficazes, é essencial que ele saiba e entenda como é a dor: intensidade, frequência etc. Por isso, ao passar por uma crise, é interessante registrar como ela está. Se tiver dificuldade para escrever, devido à sensibilidade à luz ou à própria indisposição, grave no celular e ponha no papel posteriormente.

As informações mais relevantes são relacionadas à intensidade (se está forte, muito forte etc.), a quais medicamentos são utilizados e ao surgimento do desconforto (se começou após algum evento específico, seja ingestão de um alimento ou um acontecido na vida profissional/pessoal) etc.

Cuidado com a automedicação

O alívio provocado pelos analgésicos só é realmente eficiente quando existe um intervalo entre as doses. Abusar desse uso vai acabar causando o efeito contrário: quando após algumas horas a dor volta ainda pior que antes, exigindo intervenção intravenosa.

Se você tem enxaqueca, priorize a ingestão dos medicamentos que o médico recomendou. Caso não surtam o efeito necessário, converse com ele, explique a situação e peça uma nova solução. Medicar-se por conta própria pode não apenas estacionar o problema, como agravá-lo.

Quando o organismo se acostuma com o remédio, ele inibe seus próprios mecanismos de defesa natural e passa a demandar doses cada vez maiores — e com menores intervalos. Isso quando o produto ainda faz diferença. Para não correr esse risco, mantenha contato com o médico.

Faça terapia

Os especialistas reconhecem o estresse e a ansiedade como gatilhos comuns das crises de enxaqueca. Ainda que eles devam ser tratados de forma isolada, ao fazer acompanhamento psicológico, a pessoa atua nas três frentes, contribuindo para reduzir crises de modo geral.

Além da terapia, é válido citar outros tipos de tratamento sem uso de remédios, como a acupuntura. Já foi comprovado que a técnica oriental é capaz de prevenir e diminuir os danos de uma crise de enxaqueca. Vale destacar que ela também é eficiente para dores em outras regiões do corpo, inclusive aliviando sintomas de transtornos como a depressão.

Por que mapear os sintomas e as ações que levam à dor?

O motivo é bem simples: você vai observar a recorrência dessas dores ao longo do mês, as características delas, a intensidade com que surgem, a duração média que têm e se elas ocorrem na sequência de algum acontecimento da sua vida.

Inclusive, uma boa ideia é montar um diário com as anotações sobre todos esses pontos. Nele, você também pode escrever sobre outros aspectos que podem ter relação direta ou indireta com as dores, como alimentação, ambiente em que você esteve, atividades que realizou, contexto em que elas surgiram etc.

Isso tudo é muito importante para traçar um padrão que aponte possíveis causas e ajude a distinguir se o que você tem é uma dor de cabeça comum ou uma enxaqueca.

Para completar, ao procurar ajuda médica, esse mapeamento vai ser de grande serventia para o profissional durante a consulta, pois ele terá um aprofundamento maior do seu estilo de vida e do possível histórico de desenvolvimento dessa doença.

Quando procurar um médico?

Quando as dores de cabeça se tornam recorrentes e com as características que citamos, é o momento de ter um acompanhamento médico. Tratando-se da enxaqueca, o primeiro especialista a consultar é o neurologista.

A neurologia é a especialidade da medicina que avalia, identifica e trata enfermidades, desordens e acidentes relacionados ao funcionamento do nosso sistema nervoso central. No atendimento, o profissional fará o diagnóstico correto do seu caso não só a partir do seu relato, mas de acordo com exames que ele pode solicitar para descartar outros problemas orgânicos.

Depois de confirmar que se trata de uma enxaqueca, o médico vai receitar os remédios que mais atendem às suas necessidades. Isso é fundamental é para evitar um comportamento de automedicação, que pode trazer riscos à sua saúde. Além disso, o profissional vai orientar com precisão sobre quais mudanças adotar na rotina quanto à alimentação, à prática de exercícios físicos, à rotina de sono etc.

Essas medidas ajudam a reduzir os gatilhos que levam ao aparecimento da enxaqueca, assim como os fatores que aumentam a frequência e a intensidade dela. Como resultado, isso permite que você tenha um estilo de vida mais saudável e funcional.

Entendeu o que é bom para enxaqueca, quais causas estão envolvidas no aparecimento desse problema e as diferenças entre ela e a dor de cabeça comum? Então, siga as nossas sugestões para aliviar o desconforto causado pela enxaqueca e, acima de tudo, busque a ajuda de um médico neurologista, se for preciso. Assim, você tem como tratar a enxaqueca de maneira segura e global, evitando que ela gere prejuízos de longo prazo, combinado?

Curtiu o nosso artigo? Agora, saiba mais sobre outra doença crônica, que afeta milhões de pessoas em todo mundo: a diabetes.

Conteúdo revisado pelo Conselho Técnico da Unimed Campinas.


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